Bastou um dia de calor ‘a sério’ para obrigar a uma intervenção musculada de forma a evitar a propagação do incêndio florestal que deflagrou esta quinta-feira no distrito de Leiria.
Cerca de 300 operacionais e oito meios aéreos foram mobilizados para a zona de Alvaiázere, onde um fogo com duas frentes ativas obrigou ao corte da A13 nos dois sentidos durante cerca de três horas.
Este foi o maior incêndio desta quinta-feira, dia em que se registaram mais de 60 fogos florestais em todo País e um dos que mobilizaram mais meios desde o início do ano – apenas um incêndio em Oliveira de Azeméis no final de março chegou a ter mais elementos no combate às chamas.
O alerta inicial para o incêndio que deflagrou junto à aldeia de Melgaz, na freguesia de Pussos São Pedro, foi dado pelas 14h16 por um elemento de serviço numa torre de vigia. E rapidamente foram enviados centenas de bombeiros e militares para combater as duas frentes de fogo que avançavam junto à aldeia.
Pelas 17h00, ainda com várias colunas de fumo no horizonte, a presidente da Câmara de Alvaiázere, Célia Marques, assumia o temor causado pelo calor e o vento.
"Se as condições atmosféricas não se alterarem, o fogo poderá ficar controlado em breve. A preocupação é o vento que se poderá levantar", explicou a autarca, garantindo que não havia casas ameaçadas pelo fogo.
O vento não aumentou de intensidade e o ataque inicial às chamas com meios reforçados logo no início ajudou a evitar o pior. Pelas 17h30, o incêndio era dado como dominado e pouco depois a A13 era reaberta ao trânsito – segundo as autoridades o encerramento deveu-se apenas ao fumo. Para trás ficava uma extensa área de zona florestal ardida.
Este foi o maior fogo de ontem, dia em que as temperaturas ultrapassaram os 40 graus em vários pontos do País que fizeram disparar o número de ocorrências.
No total foram 1268 os operacionais envolvidos no combate aos mais de 60 incêndios que afetaram, sobretudo, os distritos de Leiria, Santarém, Porto e Braga.
60 militares para reforçar vigilância
Doze patrulhas do Exército e três da Marinha estão desde ontem a reforçar as ações de vigilância terrestre e patrulhamento dissuasor em seis distritos.
Segundo o Estado-Maior-General das Forças Armadas, "este reforço surge no seguimento do pedido de apoio da Proteção Civil nas ações de prevenção, com especial incidência nos distritos de Beja, Évora, Faro, Portalegre, Santarém e Setúbal".
Fonte: Correio da Manhã
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