O menino de sete anos, envenenado pela mãe com clorofórmio, teve a primeira paragem cardíaca no dia 18 de junho, em Óbidos.
Nessa altura, a criança - atualmente em coma induzido no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa - foi assistida pelos bombeiros e levada de imediato para o hospital das Caldas da Rainha. Começava aí um pesadelo longe de conhecer um fim. Nessa altura, a criança apresentava já vários problemas respiratórios e, por isso, foi levada para o Hospital de Santa Marta, em Lisboa, para a realização de exames médicos.
Patrícia, de 27 anos, bombeira na reserva, estava a conseguir o que queria. Pelo menos desde abril que comprava clorofórmio na farmácia, após ter feito pesquisas na internet, e dava ao filho com o propósito do menino ficar doente. Tudo para que fosse, aos olhos do ex-namorado, com quem queria reatar a relação, uma mãe sofrida, com um filho doente para cuidar.
E quando o menino foi transferido para o Hospital Dona Estefânia, Patrícia continuou a envenenar o filho, o que provocou duas novas paragens cardíacas. Os médicos suspeitaram da atuação e do discurso da mulher e alertaram as autoridades. No dia 27 de junho, fez esta quinta-feira uma semana, a mulher acabou detida.
Está em prisão preventiva, por enquanto na ala psiquiátrica do hospital-prisão de Caxias. Já a criança apresenta ainda muitas dificuldades respiratórias. No que toca ao fígado e rins revela algumas melhorias. O pai, acompanhado por uma equipa de psicólogos, tem recebido a indicação de que a recuperação vai ser muito lenta e que o regresso a casa não será para breve.
Os médicos só vão ter a real perceção das sequelas quando a criança recuperar a consciência. Tudo indica que o clorofórmio não afetou o cérebro do menino e não mais sofreu qualquer paragem cardíaca desde que a mãe foi presa, na semana passada.
Fonte: Correio da Manhã
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