A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil prometeu à União Europeia, já há dois anos, a realização em outubro de 2018 do maior exercício de Proteção Civil em solo nacional. Um milhão de euros veio para a organização do evento. Mas o Cascade teimou em sair do papel, arrancando com um atraso de oito meses.
O Cascade, exercício internacional de Proteção Civil que decorreu durante esta semana em Portugal e termina este sábado, sofreu um atraso de oito meses em relação à data com que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) se comprometeu com as autoridades europeias a realizá-lo.
O JN apurou junto de fontes ligadas ao processo que a candidatura à organização do exercício foi feita no início de 2017, pelo ex-presidente da Proteção Civil, Joaquim Leitão.
A data então prometida na candidatura à União Europeia (UE), que entregou um milhão de euros para o Cascade, foi outubro de 2018. Desde então, outras três datas estiveram em cima da mesa da Proteção Civil.
A UE terá pressionado a ANEPC a avançar com este exercício, apurou o JN. Perante o risco de resvalar para o verão, foi marcado para agora, disseram as mesmas fontes.
A ANEPC não se mostrou disponível para explicar o atraso, nem o facto de ter caído em cima de uma semana em que o estado de alerta do risco de incêndios rurais é elevado, que obriga a um maior nível de prontidão do dispositivo e dos operacionais.
De acordo com a organização, o Cascade juntou mais de três mil operacionais de Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Croácia e Comissão Europeia, em 60 cenários de incidentes, distribuídos por quatro distritos - Aveiro, Évora, Lisboa e Setúbal.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita encerra o exercício este sábado, às 10 horas, na Base Aérea Nº. 1 de Sintra.
Fonte: JN
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