Um incêndio que deflagrou na quarta-feira em Espanha está a atingir grandes proporções ao longo desta quinta-feira, tendo várias frentes e focos activos, numa altura de grande onda de calor na Europa. Mais de seis mil hectares já arderam em Tarragona, nas regiões de Torre de l'Espanyol, Vinebre, Palma d'Ebre, Flix e Maials. O ministro interior espanhol, Miquel Buch, classificou este grande incêndio como um acontecimento nunca visto nos últimos 20 anos — declarações que mereceram a atenção da imprensa internacional, nomeadamente na BBC e no The Guardian.
De acordo com o El País, as autoridades temem que o fogo possa consumir vinte mil hectares de floresta naquela área da Catalunha, que tem sentido e vai continuar a registar nos próximos dias temperaturas superiores a 35 graus e um baixo nível de humidade. O mesmo jornal adianta que pelo menos 53 pessoas foram evacuadas de suas casas, situadas em zonas rurais e isoladas, há cinco estradas cortadas ao trânsito e centenas de animais mortos devido às chamas e ao fumo. Não há registo de mortos ou feridos.
A causa do incêndio está a ser associada a um aglomerado de estrume numa grande fazenda em Torre de L'Espanyol que terá começado a arder devido ao calor intenso que se faz sentir pela Europa, especialmente entre a norte de Espanha e sul de França, onde os termómetros já chegaram aos 45 graus. Em Portugal, as temperaturas elevadas irão chegar no sábado.
“O fogo está activo e não está controlado nem estabilizado”, disse o chefe do corpo operacional de bombeiros na região de Tarragona, Antonio Ramos. “A prioridade [de combate ao fogo] é a zona sul [Torre de L'Espanyol], porque é a zona mais crítica. É uma área muito irregular, o que dificulta a deslocação dos veículos e a movimentação rápida das equipas”, acrescentou.
O Governo da Catalunha accionou o nível máximo de emergência em 80 municípios de Lleida e 40 autarquias de Tarragona, o que leva a suspender uma série de actividades agendadas na região e permite a chamada de mais meios de combate aos fogos. Há mais de 500 bombeiros e militares a cooperar nesta operação, apoiados por meios aéreos e veículos terrestres de grande porte.
Fonte: Publico
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