Diz o povo do alto de toda a sua sapiência que quem nasce torto tarde ou nunca se endireita.
Isto a propósito da Lei que para já apenas, que eu desse conta, só mudou duas coisas, o nome da ANPC para ANEPC e o logotipo que para não ser dispendioso, espero eu, simplesmente rodou um pouco ficando com as cores invertidas.
De início os Bombeiros, fizeram uma grande oposição e continuam a dizer que não é a “nossa” Lei e que, segundo tenho ouvido, fruto da sua pressão foram-lhe introduzidas alterações que a tornam menos má.
Hoje sabemos, pelo menos é o que se vai lendo por aí, a contestação vem de outros sectores, como as FA e muito provavelmente outros os quais ainda não tiveram coragem ou oportunidade para se manifestarem.
Mas não só ….
Ao que parece o próprio Presidente da ANPC ou ANEPC, com a argola verde para cima ou com a argola verde para baixo, tem também uma opinião discordante, quando afirma que esta é uma questão puramente politica, ou seja eu leio nas entrelinhas que não teve nada a ver com questões operacionais, que foi o que sempre nos quiseram “vender”. É certo que também a fazer fé por aquilo que se vai ouvindo o Senhor Presidente da ANPC ou ANEPC, depois de proferir essas declarações já tentou dar o dito por não dito, vá-se lá saber porquê.
Blaise Pascal dizia que “O coração tem razões que a própria razão desconhece”, eu neste caso tirava o “coração” e punha outro órgão na frase, ou outras coisas, apesar de não ter a certeza que supostamente não se saibam as razões para isto, mas ainda de acordo com outro “pensador” mais actual “Isso são outros quinhentos”.
Somos um País que se “orgulha” de ter o “Ronaldo das Finanças”, somos um País que quer, ou pensa-se em aumentar a idade da reforma para o bonito número de 69 anos, somos um País que não faz cortes mas que faz, a torto e a direito, as famosas “Cativações” porque carga de água é que arranjamos uma Agência, sim estou a falar da AGIF, e um Observatório que derretem dinheiro e prometem continuar a derreter. Porque carga de água é que somos um País que “andamos a bater com eles numa pedra” ou como diria alguém não “temos onde cair mortos” e damo-nos ao luxo de querer mandar às Malvas um sistema que funciona que pode ser melhorado para criar outro maior e que não sabemos se funciona ou vai funcionar.
Pois e tal é por causa do acesso aos Fundos Comunitários. Balelas.
Também não percebo qual a razão porque se criam estruturas para certos serviços de PC quando na realidade se devia apostar na melhoria da legislação e na profissionalização das estruturas que há séculos têm dado resposta, não percebo. E já agora também me deixa admirado o constatar que há Municípios que têm essas mesmas estruturas Municipais e estão a transforma-las em Voluntárias, há por aqui qualquer coisa a não bater certo. É mais barato? Ai isso é, sem dúvida, há outras razões? Não sei.
E já agora, até porque o post já vai longo, uma coisita virada mais para dentro, cá para os Bombeiros. Uma coisa que nos descredibiliza é fazermos coisas as quais mostramos em que a imagem e nisto estou a falar de fardamento não é o mais adequado. Todas as cerimónias, todos os TO têm o seu simbolismo, com mais ou menos pompa e assistentes, mas por favor pelo menos nessas coisas usem fardas que estejam previstas no antiquado, eu sei, regulamento de fardamento. São pequenas coisas, mas é só nisso que os outros nos passam a perna, porque em tudo o resto somos muito melhores, no mínimo iguais, mas com menos recursos.
Boa Páscoa.
Martins Andrade
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