A onda de frio que está a congelar os Estados Unidos corre mundo com imagens verdadeiramente impressionantes e temperaturas a atingirem valores negativos históricos. E se nos EUA se 'treme de frio', na Austrália o calor provocou no mês de janeiro dezenas de incêndios.
São verdadeiros opostos com uma coisa em comum: Os EUA e a Austrália estão a bater recordes e estes são fenómenos provocados pelas alterações climáticas.
Um planeta de extremos com temperaturas a chegar aos 50 graus negativos nos Estados Unidos e aos quase 50 graus positivos na Austrália. Extremos esses que já provocaram pelo menos 21 mortos nos Estados Unidos devido a hipotermias ou ferimentos causados pelo frio.
Na Austrália pelo menos 44 pessoas foram hospitalizadas e os bombeiros tiveram de combater mais de 50 incêndios. A cidade de Adelaide bateu o seu recorde histórico de dias mais quentes tendo superado os 49,5 graus positivos. Pelo menos 90 cavalos morreram e milhares de animais foram vítimas do calor extremo.
Vórtice polar nos Estados Unidos
Uma vaga de frio provocada pelo chamado vórtice polar levou as autoridades a declararem estado de emergência na passada quarta-feira em muitas regiões do centro e noroeste do país, fustigadas por temperaturas sem precedentes. Os termómetros chegaram a descer aos 45 graus negativos em Chicago e aos 54 graus negativos na Dakota do Norte.
O serviço de meteorologia alertou que ficar dez minutos na rua pode causar queimaduras de frio e até o simples ato de respirar fundo pode provocar danos pulmonares.
Onda de calor na Austrália
A última quinzena do mês de janeiro ficou marcada por uma forte onda de calor que levou as autoridades a acionar o "código vermelho", enviando os sem-abrigo para abrigos.
Foi pedido à população que permanecesse protegida do calor, em ambientes fechados com arrefecimento, e que a atividade física fosse reduzida ao máximo.
Ao longo do verão, a Austrália passou por outras ondas de calor, consequência das alterações climáticas. Em Melbourne, as meias-finais do Open da Austrália jogaram-se com temperaturas a atingir os 43 graus.
Portugal também foi alvo de onda de calor
Em Portugal também se viveram dias de calor extremo durante o verão e mesmo no início do outono. No início do mês de agosto, em Abrantes os termómetros chegaram aos 46,8 graus, ficando a meio grau centígrado da temperatura máxima de sempre, verificada na Amareleja (Moura) em 2003.
O início do outono ficou igualmente marcado pelas elevadas temperaturas tendo chegado diversas vezes aos 40 graus.
Fonte: Correio da Manhã
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