Exercício internacional de proteção civil em 2019 vai mobilizar meios portugueses e de quatro países - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Exercício internacional de proteção civil em 2019 vai mobilizar meios portugueses e de quatro países


Um cenário catastrófico, com cheias a Norte e um sismo a Sul, vai ser simulado em Portugal no próximo ano, para um exercício internacional de proteção civil que envolverá forças especializadas e a população de vários distritos.

O Cascade 2019, apresentado  pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, vai desenrolar-se entre 28 de maio de 01 de junho de 2019 e as equipas de Portugal e de outros quatro países vão mesmo ter que andar a correr e chegar a sítios perigosos para se prepararem para o que pode acontecer.

Nos cenários já criados para o Cascade 2019, fortes cheias seguidas de um sismo desencadearão uma série de desastres a que terão que acorrer mais de 600 operacionais de Portugal, de Espanha, da Bélgica, da Alemanha e da Croácia, cuja entrada em Portugal será feita como os meios internacionais chegariam em situação de catástrofe.

A seu cargo terão operações de busca, evacuação, alojamento de deslocados, combate a incêndios e combate a poluição marítima, entre dezenas de cenários diferentes, ao mesmo tempo que procurarão a melhor maneira de se articular, mover milhares de pessoas para segurança e também lidar com um elevado número de cadáveres, que seria consequência inevitável.

A segunda comandante nacional da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, disse à agência Lusa que "os meios vão sair para o terreno e os cenários vão ser montados para que se aproximem o mais possível de uma situação real", com figurantes, e bonecos quando não seja possível usar pessoas por razões de segurança.

Os distritos de Aveiro, Évora, Lisboa e Setúbal serão os atingidos pelas situações de emergência, mas todo o país estará envolvido, porque vão ser criados cenários que os meios locais não conseguem resolver sozinhos.

As escolas de vários concelhos do país serão evacuadas de verdade, uma vez que o exercício vai fazer "mover pessoas para que se envolvam no exercício, mas também percebam o impacto que estas situações podem ter e tenham consciência do que podem dar para a sua própria proteção", referiu.

Para fazer com que tudo pareça real, serão usados sítios como as grutas do Escoural, no concelho de Montemor-o-Novo, onde as equipas terão de entrar como se resgatassem visitantes retidos devido a um desmoronamento.

Numa antiga fábrica e numa bateria de artilharia desativada no concelho de Cascais vão ser demolidos edifícios e túneis, criando um terreno semelhante ao que aconteceria em consequência de um sismo.

No Porto de Aveiro, onde todos os dias funcionam indústrias químicas, vai ser simulado um derrame químico e na barragem de Ribeiradio, no concelho de Sever do Vouga, as equipas terão que agir como se tivesse havido uma rutura.

Na praia de Ribeira do Cavalo, no distrito de Setúbal, serão treinadas operações de resgate submarino e nas arribas.

As equipas internacionais entrarão pelas fronteiras de Vilar Formoso e Elvas e pelos aeroportos de Lisboa e Porto e terão que ser recebidas, integradas e apoiadas para poderem trabalhar.

De contrário, "é um verdadeiro pesadelo", afirmou Patrícia Gaspar, acrescentando que ao lidar com ajuda internacional é preciso "pedir só o que faz falta e ter a coragem de recusar o que é oferecido mas não faz falta".

O exercício, que custará mais de um milhão de euros, 80 por cento dos quais financiados pela Comissão Europeia, é organizado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil em colaboração com Autoridade Marítima.

Fonte: DN

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