Charlie Proctor, um menino britânico de cinco anos que lutava contra um cancro desde 2016, morreu no dia 10 de Novembro nos braços da mãe. Antes, disse-lhe: "Desculpa por isto." O menino tinha um tumor raro, chamado hepatoblastoma infantil, e precisava de um transplante de fígado.
A dura notícia da sua morte foi anunciada pela mãe na página de Facebook que dedicara ao filho, chamada "Charlie’s Chapter", ou "o capítulo de Charlie". Amber Shofield, de 24 anos, deixou uma mensagem emocionante sobre o filho. "Na última noite às 23h14 o meu melhor amigo, o meu mundo, Charlie, deu o seu último suspiro. Ele adormeceu pacificamente aninhado nos meus braços com os braços do pai a abraçarem-nos. Temos os corações cheios de dor. O mundo perdeu um menino incrível", lê-se.
"Charlie, deste-me a possibilidade de ser mãe. Tu foste não só a nossa maior inspiração mas também inspiraste milhares de pessoas em todo o mundo. Mostraste-me o que o amor quer realmente dizer, Charlie. Agora é tempo de voares, estou tão, tão orgulhosa de ti. Lutaste com tanta força. Meu bebé, dói-me tanto. Vou sempre sentir a tua falta meu querido. Bons sonhos, meu bebé", despediu-se Amber.
Ela e o marido, Ben Proctor, tinham lançado uma campanha de angariação de fundos para que o filho fosse operado. Porém, nunca conseguiram chegar ao valor pretendido. "O cancro é um jogo de homens ricos. Quanto mais tens, mais provável é que o teu filho viva. Como é isso justo? Deixa-me doente que ele possa morrer porque não somos ricos. Faz-me sentir tão desamparada", lamentou.
No dia 9 de Novembro, Amber já tinha publicado a última fotografia de Charlie no Facebook. "À medida que os dias passam ele deteriora-se mais e mais. Já não se parece com o Charlie. Está tão magro, posso ver e sentir cada osso no seu pequeno corpo, a face encavada, os olhos… Onde foi parar o meu bebé gordinho", questionava.
Antes, pediu aos mais de 34 mil seguidores: "Abracem os vossos bebés com força e mimem-nos e beijem-nos muito. Não se apercebem de quão sortudos são. Todos vivemos a vida como se ela fosse garantida."
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