"Apenas 17% dos incêndios têm origem criminosa", revelou esta terça-feira o antigo inspetor-chefe da Polícia Judiciária, Manuel Rodrigues, na conferência ‘CM Não Esquece!’, que decorreu em Aveiro. No encontro, Manuel Rodrigues apelou ainda ao ordenamento da floresta, sublinhando que 62% dos fogos são negligentes.
A floresta ordenada e planeada é meio caminho para evitar tragédias como a que ocorreu em 2017 e que provocou a morte de 116 pessoas. A ideia foi também defendida pelo diretor-geral editorial-adjunto do Correio da Manhã e da CMTV, Armando Esteves Pereira.
"A Comunidade Intermunicipal da região de Aveiro apresentou um projeto ao Governo para a criação de uma central de biomassa, autossustentável, cujo financiamento está assegurado pelos municípios e empresas locais, mas mais de um ano depois ainda não temos resposta", acusou o presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, concluindo que era "uma solução para a limpeza das matas".
Já Ana Isabel Miranda, da Universidade de Aveiro, sublinhou que a lei não é cumprida, dando o exemplo das queimadas, que não têm acompanhamento de bombeiros.
Autarca contra proibição dos foguetes
Na conferência, moderada pelo diretor-adjunto do CM e da CMTV José Carlos Castro, Ribau Esteves afirmou que o Governo "decreta" a proibição dos foguetes sem analisar cada caso. "Houve festas em que se pretendia lançar foguetes para a ria de Aveiro e foi proibido. Neste caso, o risco é zero", disse. Já o professor universitário Rui Zink defendeu um plano de prevenção, mas referiu que "num País de trapalhões" há que prever os imprevistos.
Fonte: Correio da Manhã
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