Cento e cinco pessoas estão presas por incêndio florestal. A informação foi avançada ao CM pela Direção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP), segundo a qual só dois condenados por este crime estão abrangidos pela medida excecional de vigilância por pulseira eletrónica durante o verão.
Entre os incendiários detidos, 44 estão em preventiva - 36 aguardam ainda julgamento e oito esperam o trânsito em julgado das penas. Cumprem uma pena efetiva 41 pirómanos e os outros 20 têm tratamento psiquiátrico por imputabilidade.
Os dois presos domiciliários, abrangidos pela reforma judicial aprovada pelo Governo em 2017, e que visa afastar os incendiários das matas durante o verão, encontram-se em situações distintas. Um está em liberdade condicional, obrigado a ficar em casa com pulseira entre 1 de junho e 31 de outubro. O outro foi condenado a uma pena de prisão suspensa, mas com a obrigatoriedade de ficar detido na habitação entre 1 de julho e 30 de setembro.
A vigilância de cada um destes presos custa 7,84 euros por dia ao Estado. Nesta estatística ainda não constam os bombeiros Fábio Delgado, de 25 anos, e André Vitorino, de 20, da corporação de Alenquer, presos quarta-feira pela PJ por terem ateado mais de 20 fogos entre o fim de 2017 e o mês passado. Só hoje conhecem as medidas de coação.
As detenções foram aceleradas pela identificação do carro usado na maioria dos crimes: um Volkswagen Golf, propriedade de André Vitorino, identificado por testemunhas em dois fogos ocorridos em Alenquer, a 16 de junho. A GNR recebeu a denúncia e, através da partilha de informações com a PJ, foi possível deter os dois pirómanos.
A maioria dos fogos foram ateados em dias de folga dos dois bombeiros, com recurso a um isqueiro e a um spray para aumentar a chama.
Fonte: Correio da manhã
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