"Bombeiros Voluntários Continuam à Margem de Tudo" - VIDA DE BOMBEIRO

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segunda-feira, 2 de julho de 2018

"Bombeiros Voluntários Continuam à Margem de Tudo"


“APESAR DE TER HAVIDO ALGUM REFORÇO DE MEIOS PARA A AUTORIDADE NACIONAL DA PROTECÇÃO CIVIL, PARA A GNR E PARA O ICNF, OS BOMBEIROS QUE SÃO DE FACTO O GRANDE PILAR DA PROTECÇÃO CIVIL CONTINUAM À MARGEM DE TUDO”

O presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, reconheceu que, apesar do que aconteceu no ano passado, da crise que se viveu no pais em termos de protecção civil e em termos de socorro, da tragédia que ceifou vidas e provocou danos materiais, os bombeiros continuam, a ser vistos pelo poder central, como o parente pobre da protecção civil.

“Apesar de ter havido algum reforço de meios para a Autoridade Nacional da Protecção Civil, para a GNR e para o ICNF, os bombeiros que são de facto o grande pilar da protecção civil continuam à margem de tudo. Se não forem as câmaras municipais e alguns beneméritos da sociedade civil a apoiar as nossas corporações, a verdade é que elas têm imensas dificuldades para se conseguirem reequipar e manter uma capacidade de operação como é suposto e exigível”, concretizou.

O autarca admitiu que o poder central não tem estado à altura das suas responsabilidades na relação com os bombeiros. “Infelizmente, do nosso ponto de vista, o Governo não tem estado à altura das responsabilidades nesta área que é tão importante. Esta questão das equipas de intervenção permanente que foram propostas às câmaras municipais, são uma panaceia que não serve para resolver nada porque pretendem atribuir a cada município uma equipa de cinco homens que serão profissionais e que estarão alocados a uma corporação de bombeiros”, disse, esclarecendo que em Penafiel existem  três corporações de bombeiros, situação que deixa ao executivo municipal dificuldades acrescidas na escolha da corporação que irá acolher a equipa de intervenção permanente.

“Como é que vamos decidir? Vamos alocar essa equipa a que corporação? Àquela que tem a maior área territorial? Ou àquela que tem mais dificuldade em ter voluntários? E como é que vai funcionar essa equipa? Vai trabalhar de acordo com um horário normal de trabalho, já que são profissionais de trabalho, das nove às cinco, com feriados e fins-de-semana? Ou vão ser bombeiros no sentido mais tradicional do termo que estão sempre disponíveis a actuar? É uma forma patética de lidar com uma situação. O que precisávamos era que os bombeiros tivessem a atenção que deveriam ter com meios e com verbas que lhes permitissem efectivamente corresponder àquele que é o desafio que têm permanentemente pela frente e isso infelizmente não tem acontecido”, adiantou.

Verdadeiro Olhar

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