A partir do dia 1 de junho, as populações que estiverem em zonas de risco iminente de incêndios florestais serão alertadas com uma mensagem para o telemóvel, enviada pela Proteção Civil.
Mas o sistema só irá funcionar caso seja declarado o nível mais elevado de alerta (o vermelho), o que na prática não iria ajudar as pelo menos 47 pessoas mortas no ano passado em Pedrógão Grande. Isto porque, a 15 de junho, dois dias antes do fogo, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera alertou para um cenário desfavorável em termos de incêndios florestais, mas a Autoridade Nacional de Proteção Civil manteve o alerta do dispositivo no nível amarelo.
"Está dado o primeiro passo. A nova plataforma de envio de alerta vai servir como um ensaio e daí vão ser tiradas lições que ajudem a melhorar o sistema", explicou ao CM Jorge Dias, da ANPC, que recusou comentar a não funcionalidade das SMS no caso de Pedrógão Grande. "Vamos ver que efeitos práticos terá. A mim parece-me mais um remedeio para promover o espírito de segurança", atirou Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros.
O anúncio do sistema de alerta por mensagem de telemóvel em zonas de risco extremo iminente foi feito esta quarta-feira pelo primeiro-ministro depois de a Proteção de Dados ter autorizado a ANPC a utilizar os dados pessoais de tráfego e de localização de cliente pelas empresas de telecomunicações para o envio de mensagens. O alerta terá a abrangência distrital e os emigrantes e turistas com telemóveis em roaming vão receber SMS em português e em inglês.
Ainda no debate no Parlamento, António Costa recusou que haja atrasos na entrega dos equipamentos de proteção individual aos militares da GNR que vão combater os fogos.
Fonte: Correio da manhã
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