A maioria das 49 vítimas dos incêndios de outubro morreu durante a noite de dia 15 para 16, quando as chamas atingiram maior intensidade. A conclusão e reconstituição dos acontecimentos são da Comissão Técnica Independente, nomeada pelo Parlamento. O relatório, a que o Jornal de Notícias teve acesso, aponta para um fenómeno sem precedentes e de gravidade extrema.
Os técnicos falam numa evolução muito rápida do fogo. A velocidade das chamas e a libertação de energia foram tão intensas que os especialistas concluem que, em apenas três horas, o fogo tornou-se incontrolável. Já não havia, por isso, forma de o combater, independentemente dos meios no terreno.
Nesta situação, dizem os técnicos, a única solução é uma estratégia defensiva que passa por proteger a população, mas tendo em conta a dimensão da área atingida, os especialistas concluem que as chamadas dificultaram essa mesma proteção.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil antevia um risco agravado de incêndio, com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Contudo, desde o fim da fase Charlie, a 30 de setembro, verificou-se uma redução de meios aéreos e do número de operacionais.
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