Ex-presidente do INEM alvo de uma inspeção - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 21 de março de 2018

Ex-presidente do INEM alvo de uma inspeção


A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) enviou uma auditoria ao Ministério da Saúde, com recomendação de envio para o Tribunal de Contas (TdC), onde propõe a aplicação de multas ao ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Paulo Campos. 

Em causa estão eventuais responsabilidades financeiras por violação das regras da contratação. De acordo com o relatório de auditoria, que teve como objetivo a análise e verificação dos procedimentos de contratação pública para a aquisição de serviços de consultoria e assessoria, Paulo Campos arrisca duas multas, que podem ir dos 2550 euros aos 18 360 euros. Concorrem para esta situação dois ajustes diretos realizados em 2015, os quais, segundo o documento da IGAS, foram da responsabilidade do ex-presidente do INEM. 

Um dos ajustes refere-se à aquisição de serviços de assessoria de comunicação, por 44 280 euros, a Paulo Fidalgo & Associados, Comunicação Global, Lda. Refere a IGAS que estão em causa "a não elaboração das peças do procedimento por ajuste direto e o início da execução da prestação do serviço em momento anterior à decisão de adjudicação". Com este último motivo, surge também um ajuste direto para a aquisição de serviços de patrocínio judicial à Velosa da Silva e Associados, por 24 058 euros. 

Vogal atribui responsabilidade a Campos  

Em sede de contraditório, no que diz respeito ao ajuste direto de serviços de assessoria de comunicação, Paulo Campos alegou que "deverá auscultar-se junto do Ministério das Finanças o parecer remetido  sobre a legalidade destas despesas". 

Já José Mestre, que foi vogal do INEM, diz que a empresa Paulo Fidalgo & Associados apresentou proposta por "convite de Paulo Campos e pela então responsável de Marketing". 

19,1 milhões de euros em serviços externos 

De acordo com a auditoria da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), a aquisição de serviços externos pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), entre 2014 e 2016, situou-se entre os 17,5 e os 19,1 milhões de euros. Um aumento de 9% da despesa face a 2014.

Correio da Manhã

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