Mulher Acusada de Atear Fogo em Anadia Foi Considerada Inimputável e Perigosa - VIDA DE BOMBEIRO

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Mulher Acusada de Atear Fogo em Anadia Foi Considerada Inimputável e Perigosa


O Tribunal de Aveiro declarou esta terça-feira inimputável e perigosa uma mulher suspeita de ter ateado um incêndio florestal em Anadia no dia 20 de junho de 2017, três dias depois de ter deflagrado o fogo de Pedrogão Grande. 

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que o tribunal considerou provados todos os factos que constavam da acusação. Contudo, o coletivo de juízes considerou a arguida inimputável para a prática dos referidos factos, por padecer de anomalia psíquica. O tribunal declarou ainda a arguida perigosa, considerando que existe receio de que pratique factos da mesma natureza e, em consequência, aplicou-lhe a medida de segurança de internamento em estabelecimento adequado por um período entre três e oito anos. 

Após a leitura do acórdão, o tribunal substituiu a medida de coação de prisão preventiva, a que a arguida estava sujeita, por internamento preventivo num hospital psiquiátrico ou estabelecimento análogo. A arguida, que estava acusada de um crime de incêndio florestal, foi detida pela GNR nas imediações do local onde ocorreu o fogo.

Durante o julgamento, a mulher negou ter ateado o incêndio intencionalmente, alegando que estava a fazer uma queimada com um monte de silvas, que tinha cortado na sua propriedade agrícola. "Infelizmente fiz a fogueira muito próximo da propriedade agrícola da vizinha. 

A chama arrastou e queimou 10 metros quadrados de mato seco", precisou. Perante o coletivo de juízes, a mulher contou ainda que foi buscar um balde de água e começou a apagar as chamas, adiantando que quando os bombeiros chegaram "a fogueira estava extinta". Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a mulher decidiu atear fogo a um terreno agrícola situado próximo da sua residência, em Vila Nova de Monsarros, Anadia. 

De acordo com a investigação, a arguida verteu uma quantidade de álcool sobre vegetação rasteira e acendeu um fósforo, dando origem a um incêndio que consumiu 100 metros quadrados de vegetação rasteira. O MP diz que o fogo, que foi prontamente detetado e combatido por populares e pelos Bombeiros, "poder-se-ia ter propagado à extensa mancha florestal adjacente, bem como a inúmeras habitações próximas".

Fonte: Correio da Manhã

Sem comentários:

Enviar um comentário