O chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Teixeira Rolo, admitiu esta terça-feira que "durante algum tempo" pode haver uma "gestão mista" dos meios aéreos de combate a incêndios florestais.
O general frisou que a Autoridade Nacional de Proteção Civil "já teve autonomia para desenvolver os cadernos de encargos para celebrar os novos contratos para os meios aéreos necessários para os próximos dois anos". O CEMFA falava em conferência de imprensa para apresentar as prioridades dos ramos militares para 2018, num encontro em que participou também o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes.
O general Teixeira Rolo disse que "foi iniciado o processo de discussão" com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) sobre como é que se vai desenvolver o modelo de gestão dos meios aéreos de combate aos incêndios. "Trata-se de perceber como é que esse modelo vai encaixar no sentido de transferir para a Força Aérea a gestão desses meios. É isso que vamos estudar e avaliar", afirmou. Para o general Teixeira Rolo, "existe a perceção de que o ideal é que a capacidade nacional ser já residente para fazer esse combate", admitindo que não seja total.
"Não total, porque a Força Aérea nunca poderá ter os meios todos para fazer esse combate, mas poder partilhar essa responsabilidade em termos de capacitação com as empresas que terá de continuar a contratar no futuro", disse. Em outubro passado, o Governo decidiu entregar à Força Aérea o controlo e comando da gestão dos meios aéreos de combate aos incêndios florestais, criando um grupo de trabalho para definir o modelo em que a gestão decorrerá. Sobre a questão, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, disse que está a aguardar pelos resultados do grupo de trabalho, ressalvando que se for necessário um reforço dos meios para a Força Aérea no combate aos incêndios "esses meios existirão".
Fonte: Correio da Manhã

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