A ironia do destino foi cruel para Rui Ribeiro, 38 anos, bombeiro da corporação da Póvoa de Lanhoso especialista em resgates em altura.
Caiu da varanda do terceiro andar do prédio onde morava com a mulher e dois filhos - uma menina de cinco anos e um menino de um -, em frente ao quartel, quando colocava luzes de Natal. E não resistiu aos ferimentos.
O acidente aconteceu na sexta-feira à noite, pelas 21h50. Os colegas que se encontravam no quartel aperceberam-se de um vulto a cair e foram ao local. Apesar da assistência imediata, Rui acabou por morrer. "Era uma pessoa muito dinâmica, com muita vontade de trabalhar e de enfrentar novos projetos", disse, ao CM, António Veloso, comandante dos Bombeiros da Póvoa de Lanhoso. Bombeiro há 22 anos, Rui Ribeiro era presença assídua no quartel.
"Ao toque da sirene só não vinha se não pudesse ", disse o comandante, que pediu apoio psicológico para os bombeiros. "Neste momento, mais do que falar da morte queremos recordá-lo vivo", explicou. De luto, a corporação cancelou o jantar de Natal marcado para ontem e hasteou a bandeira a meia haste no quartel.
"Conheceu a mulher na corporação"
Rui Ribeiro entrou para os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso em 1995 como cadete. Fez percurso na corporação, onde conheceu a mulher. "A esposa também foi bombeira. Conheceram-se aqui", revelou o comandante António Veloso. Com uma vida ligada ao associativismo, fazia parte do coro da Misericórdia do concelho, juntamente com a mulher. "Tinham um concerto que também foi cancelado", disse.
Fonte: Correio da Manhã
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