O presidente da Liga dos Bombeiros considera que o risco de insolvência da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Seixal vem pôr em evidência o problema do subfinanciamento dos corpos de bombeiros.
Jaime Marta Soares considera também que se todos os bombeiros reclamassem o pagamento de trabalho suplementar, nenhuma corporação teria condições para continuar a prestar serviço.
Bom senso. É o apelo feito pelo presidente da Liga de Bombeiros para evitar a insolvência dos Bombeiros Voluntários do Seixal.
Dá como exemplo as diferenças das verbas atribuídas aos corpos municipais e às demais corporações. "Só duas associações em Portugal custam cerca de 65 milhões às duas câmaras, os restantes 435 corpos de bombeiros custam 25,7 milhões".
Jaime Marta Soares chama também a atenção para o facto de que "se todos os bombeiros profissionais das associações fossem reclamar [o pagamento de trabalho suplementar] este problema far-se-ia sentir em todo o país, em todas as associações".
É uma ideia também sublinhada pelo presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Seixal. António Matos contesta a decisão do tribunal do Barreiro que obriga esta associação ao pagamento de uma verba de mais de sete milhões de euros a alguns bombeiros da corporação, por exemplo, por trabalho extraordinário realizado.
Explica António Matos que "alguns dos bombeiros contratados, perto de 70, têm um horário de trabalho e além disso têm trabalho voluntário a prestar de acordo com a lei".
Interpretação diferente teve o juiz que apreciou o caso e que merece um reparo de António Matos: "se as associações tivessem que pagar esse trabalho voluntário, não teriam condições e não haveria bombeiros".
Fonte: TSF
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