Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos criam equipa cinotécnica - VIDA DE BOMBEIRO

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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos criam equipa cinotécnica


Os Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos apresentaram publicamente nas cerimónias das comemorações do seu 124º Aniversário, no passado dia 18 de Novembro, a sua mais recente equipa cinotécnica de busca e salvamento de pessoas.

A Busca e Salvamento consiste no treino e uso de cães na detecção de vítimas que se encontram desaparecidas. Os cães são uma mais-valia pois conseguem detectar o cheiro humano a grandes distâncias. Um cão tem em média 220 milhões de células olfactivas em comparação com o ser humano que possui apenas cerca de 5 milhões dessas mesmas células olfactivas, aliado a sua grande mobilidade em terrenos de difícil acesso, um cão de busca é uma “ferramenta” muito eficiente e rápida na detecção de vítimas desaparecidas.

Para que um cão de Busca e Salvamento seja um excelente membro activo, necessita de ter treino de obediência desde cedo e de ser correctamente sociabilizado para que saiba agir correctamente na área de busca. Treinar um cão para ser um cão de Busca e Salvamento requer tempo, paciência e compreensão pelo animal perante as suas individualidades.

A equipa cinotécnica dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos é constituída por voluntários que têm como principal objectivo a sua intervenção rápida e eficaz em situações de resgate e salvamento de pessoas desaparecidas, tanto em ambientes de catástrofe como simples emergências. Estão preparados para realizar buscas em grandes áreas e escombros.

Neste momento, a equipa cinotécnica é composta por 4 elementos e 4 cães:
• Bombeiro de 2ª, Miguel Maia – Átila (raça Pastor Belga-Malinois);
• Estagiário, Miguel Marques – Gi (raça Pastor Belga-Malinois);
• Estagiário, Nuno Morais - Verdi (raça Pastor Belga-Malinois);
• Estagiário, António Vinagre – Hope (raça Pastor Belga-Malinois).

Os treinos da equipa cinotécnica dos Bombeiros Voluntário de Paço de Arcos, são realizados maioritariamente ao fim-de-semana, intercalados com alguns durante a semana. O tempo de duração do treino de cada animal é variável. Mas, em média, ao fim de um, dois anos é possível obter um cão apto a responder às exigências do trabalho.

Apenas 30% dos cães treinados atingem a operacionalidade conseguindo superar os mais variados desafios e cumprindo a sua função, marcando através do ladrar a presença de vítimas, por isso o treino para esta vertente deve de ser muito exigente no seu planeamento, e os critérios de aprovação muito rigorosos.

Foi efectuado um investimento bastante reduzido por parte da corporação. Os mentores da equipa, Bombeiro de 2ª, Miguel Maia e o Estagiário, Miguel Marques, apresentaram ao Comando e à Direcção a constituição desta equipa, única no concelho de Oeiras e arredores, tendo sido desde logo reconhecida a sua mais-valia, e sido aceite e integrada no Corpo de Bombeiros. Além disso, procuraram os patrocínios, e através de um peditório, conseguiram adquirir um veículo para o transporte dos cães e dos equipamentos de salvamento de animais e pessoas, aquisição de fardamento, coletes e placas identificativas, num investimento global na ordem dos 2 mil euros.

Procuram ainda patrocínio por parte de clínicas veterinárias que garantam o tratamento, vacinação e alimentação dos animais, bem como de empresas que forneçam o equipamento de busca e salvamento ainda em falta.

Os cães, quando não estão em treinos, ficam em casa dos seus donos, voluntários que além de companheiros de equipa são os seus proprietários e seus cuidadores.

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