Com a época dos fogos a chegar ao fim, é tempo de refletirmos. E saiu um artigo no ‘El Mundo’ que merece análise.
Diz o jornal que existe um grupo a manipular o uso de meios aéreos no combate aos incêndios, precisando que a manipulação de concursos, pelo chamado ‘Cartel do Fogo’, pode rondar os 821 milhões nos últimos 12 anos. E referem expressamente o caso de Pedrógão Grande, questionando:
"Quem ganha dinheiro quando arde Portugal? O jornal sinaliza as ligações entre o país e o chamado ‘Cartel do Fogo’, dizendo que Portugal é obrigado a recorrer ao setor privado para ter apoio aéreo no combate aos fogos, e que o problema ocorre quando as empresas manipulam os concursos públicos e estão na origem dos fogos, precisando o nome de algumas empresas. É um facto que Portugal, por não ter meios aéreos próprios, está totalmente exposto.
Se não houver fogos, as empresas não faturam; só ganham dinheiro quando os aviões estão no ar, e para isso precisam de incêndios. Este facto demonstra o erro gravíssimo que foi o afastamento da Força Aérea deste processo. Urge pois recuperar o tempo perdido, pois caso não se faça nada o problema mantém-se e, mantendo-se o problema, voltam os incêndios.
Carlos Anjos in Correio da Manhã
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