Ramiro Torres morreu ontem à tarde numa explosão de material pirotécnico, no dia em passavam 30 anos desde que sofrera queimaduras graves noutra explosão numa fábrica de pirotecnia.
A vítima, de 51 anos, estava a trabalhar num dos 17 paióis da Piromagia, em Azões, Vila Verde, quando perdeu a vida ao manusear pólvora. O rebentamento também projetou dois trabalhadores que estavam no exterior do paiol, mas não sofreram ferimentos.
"Ouvi uma explosão enorme e vi logo que alguma coisa tinha acontecido na empresa de pirotecnia. Vim ver o que tinha acontecido e vi um corpo, tapado com um lençol branco, a vários metros do paiol que explodiu", disse ao CM Marina Carneiro, uma das primeira pessoas a chegar ao local.
Os Bombeiros de Vila Verde e o INEM de Braga, acorreram rapidamente à fábrica. À chegada, depararam-se com a vítima, já cadáver. Ramiro Torres era casado e deixa duas filhas menores. Pertencia a uma família que trabalha no ramo da pirotecnia há várias gerações. Há quatro décadas, já tinha perdido duas irmãs, ainda menores, numa explosão de natureza semelhante. "Qualquer morte é terrível, mas desta forma ainda é pior.
O sofrimento da família é enorme", afirmou ao Correio da Manhã José Amaro, amigo da vítima. A Polícia Judiciária e uma equipa da Autoridade para as Condições do Trabalho foram acionadas para o local de imediato e investigam agora as causas do acidente.
Fonte: Correio da Manhã
Sem comentários:
Enviar um comentário