Liga dos Bombeiros Diz que o Estado Falhou em Pedrógão Grande - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 9 de julho de 2017

Liga dos Bombeiros Diz que o Estado Falhou em Pedrógão Grande


O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses disse esta quinta-feira que o Estado falhou no incêndio que começou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, fogo que provocou a morte a 64 pessoas e mais de 200 feridos. "Há responsabilidades políticas. O Estado falhou. O Estado falhou, não só neste processo [incêndio de Pedrógão Grande], como em outros. Tem de se analisar tudo isto", afirmou Jaime Marta Soares à agência Lusa. 

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses esteve hoje numa reunião em Pedrógão Grande, num encontro que juntou o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e as corporações de bombeiros daquele concelho e ainda de Figueiró dos Vinhos, Góis e Castanheira de Pera. "Não podemos escamotear e não podemos esquecer os responsáveis políticos na área da floresta. Há quase 50 anos que vivemos em democracia e infelizmente os portugueses nunca tiveram a sorte de ver que fossem escolhidas pessoas com competência para a floresta. Os fogos evitam-se, não se combatem", sustentou. 

Marta Soares diz que informações dadas ao primeiro-ministro são parciais 

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses disse hoje à agência Lusa que as informações que estão a ser dadas ao primeiro-ministro, António Costa, sobre os incêndios, "são com alguma parcialidade". "Sem me querer imiscuir em discussões político-partidárias, porque não é essa a minha função, entendo que as informações dadas ao primeiro-ministro são com alguma parcialidade. Sinto que não lhe estão a dar informações corretas", afirmou.

Jaime Marta Soares proferiu estas afirmações à margem de uma reunião que teve hoje em Pedrógão Grande, com o Instituto nacional de Emergência Médica (INEM) e as corporações de bombeiros daquele concelho e ainda de Figueiró dos Vinhos, Góis e Castanheira de Pera, na sequência das 25 questões colocadas pela presidente do CDS/PP ao Governo, sobre o incêndio que provocou a morte 64 pessoas e ferimentos em mais de 200. 

Explicou que, quando se fala num determinado tempo em que entrou a Proteção Civil distrital e nacional, referenciando-se que foi só sete horas depois do início do incêndio, "apetece-me dizer e refiro de forma consciente o que estou a dizer, que a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) deve assumir sempre a sua responsabilidade de comando, haja êxito ou, porventura, inêxito em relação a essas situações". 

"Por isso, parece-me que a informação que as informações que estão a ser dadas são de uma certa parcialidade e eu não posso aceitar esse tipo de situações", concluiu, sem concretizar quem é que está a dar essa informação parcial a António Costa.

Correio da Manhã

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