O governo garante que as mudanças na Proteção Civil são uma forma de melhorar a comunicação relativa os incêndios e que vão permitir aos comandantes de operações concentrarem-se no combate às chamas.
O Primeiro-Ministro negou as acusações de que o governo estaria a silenciar a Autoridade Nacional da Proteção Civil, em relação à informação sobre os incêndios no país. À saída de uma reunião com os autarcas dos municípios afetados pelos fogos, na Sertã.
"Nesta matéria, o que não tem faltado aos portugueses é informação e acessibilidade", declarou António Costa, "mas a informação devidamente organizada e estruturada é uma mais-valia para todos.
António Costa defende que a medida é essencial "para que os comandantes operacionais se concentram no que têm de se concentrar, que é comandar operacionalmente as ações de combate aos incêndios florestais".
O PSD e o CDS afirmaram que o governo está a impor uma "lei da rolha", para que não se conheçam as alegadas falhas existentes no trabalho de prevenção e combate aos incêndios. as acusações surgiram depois de, esta terça-feira, a Autoridade Nacional
A medida foi também já criticada pelo presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares.
A Autoridade Nacional da Proteção Civil anunciou na terça-feira que vai passar a fazer duas comunicações diárias sobre os incêndios no país, deixando de ser os bombeiros e comandantes operacionais a transmitir a informação diretamente à comunicação social.
A medida foi justificada com a necessidade de que a informação divulgada seja completa e atualizada e de libertação dos comandantes das operações de socorro da função de falar à imprensa.
TSF
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