O marido é bombeiro, tal como o irmão, o cunhado e a filha. Na noite de sábado – há mais de uma semana –, quando tentou salvar a casa dos seus pais, Olga não sabia que a tragédia se tinha abatido sobre a família.
Só ao chegar ao quartel, em Castanheira de Pera, é que soube que Filipa estava queimada. Tinha sido transferida para Coimbra. "Quando conseguimos salvar a casa dos meus pais fui ao quartel ver se estava tudo bem. Não sabia o que tinha acontecido, foi lá que me disseram que a Filipa tinha sido queimada.
O meu marido, que estava noutro carro de combate, quando soube que a filha estava ferida também foi logo para o quartel. Ficámos em pânico", diz Olga, garantindo que a filha quer continuar a combater os fogos. "Vivo com o coração nas mãos. Mas a minha filha já me disse que quando recuperar vai voltar aos bombeiros." Para a mãe desta jovem, as circunstâncias do acidente envolvendo cinco bombeiros estão ainda por explicar.
"Ela não se lembra de nada", garante, acrescentando: "O Gonçalo é um herói. Morreu a salvar pessoas, a tentar salvar colegas", disse referindo-se ao voluntário da corporação, de 40 anos, que perdeu a vida nesta tragédia. Quanto aos restantes bombeiros que se mantêm internados, apenas Rui Rosinha ainda corre risco de vida.
A sua situação clínica é grave e sexta-feira o rim entrou em falência. "Rezamos por eles, para que sobrevivam", disse um dos bombeiros de Castanheira de Pera ao CM.
Fonte: Correio da Manhã
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