Bombeiros Heróis Salvaram Crianças - VIDA DE BOMBEIRO

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sábado, 27 de maio de 2017

Bombeiros Heróis Salvaram Crianças


Um princípio de noite que se adivinhava calmo no quartel, no feriado do 5 de Outubro do ano passado, acabou com um salvamento inédito e arriscado para uma equipa dos Bombeiros de Almada. Especialmente para o subchefe Paulo Oliveira, de 48 anos, que esteve 20 minutos equilibrado sob um elevador a seis pisos de altura para libertar uma menina de dois anos que havia ficado presa pelo braço no pequeno espaço entre o piso do equipamento e a parede. 

"Estive equilibrado com os pés numa longarina em ferro com apenas 10 centímetros de largura. Desmontei a peseira do elevador o mais depressa possível, uma vez que senti que o braço da menina já estava a ficar sem circulação por estar esmagado entre o elevador e a parede", explicou Paulo Oliveira ao CM. 

Iluminado apenas pela luz do telemóvel que segurava na boca, o bombeiro conseguiu: "Libertei a menina a seis pisos de altura no poço do elevador", afirma orgulhoso o pai de dois filhos que há 35 anos cumpre serviço nos voluntários de Almada. Sobre o risco que correu, confessa que só se apercebeu quando ouviu "os parafusos que ia desapertando caírem no fundo do poço do elevador". 

A pequena Maria Inês - que nunca chorou durante o tempo em que esteve presa - partiu o braço e correu risco de amputação, disseram os médicos. Mas essa hipótese foi posta de parte graças à intervenção rápida, decidida e heroica de Paulo Oliveira. "A Maria Inês já visitou o quartel com os colegas da escolinha e fiquei muito contente. É o nosso lema: vida por vida", afirma. 

"As marcas físicas lembram-me que salvei o menino" 

"Ouvir o menino dizer-me ‘obrigado’ foi o melhor agradecimento que tive." Adriana Leitão também recebe, amanhã, em Cascais, o prémio ‘Bombeiro de Mérito 2016’, depois de ter salvo a vida a uma criança de 12 anos, num acidente. Em agosto do ano passado, a bombeira da corporação dos Carvalhos, Vila Nova de Gaia, teve o maior susto e, ao mesmo tempo, o trabalho mais gratificante da vida. A caminho de um incêndio, ela e os colegas depararam-se com um acidente na A4, em Paredes. Enquanto faziam o socorro às vítimas, Adriana foi atropelada. 

"A minha preocupação foi salvar um menino que estava fora do primeiro carro acidentado. Empurrei-o para a berma e tentei fugir. Mas já não deu tempo", explica. Do atropelamento resultaram fraturas na tíbia e no perónio e nove meses duros de recuperação. 

A estudante de enfermagem, de 28 anos, revelou que por muitos trabalhos que faça, este vai-lhe ficar para sempre na memória. "As marcas físicas na minha perna lembram-me que salvei uma criança", diz. Hoje, mantém contacto com a família do menino. "O João já esteve cá no quartel com os pais. Foi muito bom vê-lo e perceber que o ajudei", revela. 

Bombeira há quatro anos, considera o prémio como sendo o reconhecimento pelo seu trabalho. "Fiquei muito contente, nem queria acreditar", confessa. Dedicou o prémio aos pais, à corporação dos Carvalhos e aos bombeiros de Baltar que lhe prestaram auxílio no acidente.

Fonte: Correio da Manhã


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