Bombeiros Cabeceirenses recebem novas viaturas no 68.º aniversário - VIDA DE BOMBEIRO

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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Bombeiros Cabeceirenses recebem novas viaturas no 68.º aniversário

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Cabeceirenses encerrou ontem as comemorações do 68.º aniversário com a benção de quatro novas viaturas. Duas carrinhas de transporte de doentes não urgentes, uma viatura de comando e outra de combate a incêndios florestais enriquecem a corporação que, até ao final do ano, receberá um veículo tanque de grandes dimensões.

O comandante Duarte Ribeiro relevou que a corporação está “muitíssimo bem apetrechada” no que respeita a viaturas de combate a fogos e serviços de saúde, destacando o esforço de investimento realizado pela direcção.
Recentemente, os Bombeiros Cabeceirenses viram aprovada uma candidatura ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) para a aquisição de uma viatura tanque, investimento de 175 mil euros só possível com recurso a financiamento de fundos comunitários.

O presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários Cabeceirenses, Jorge Machado, adiantou ao Correio do Minho que espera apoio da Câmara Municipal e de juntas de freguesia para a diminuição da factura que caberá à corporação com a aquisição da nova viatura.
Com uma situação financeira “estável”, a direcção dos bombeiros espera concretizar em breve obras no quartel que o adequem a um contingente cada vez mais feminino.

O programa do 68.º aniversário dos Bombeiros Voluntários Cabeceirenses iniciou na sexta-feira, 21 de Abril, com uma exposição de meios e demonstrações e visitas de alunos de escolas do concelho ao quartel.
No sábado, dia 22, realizou-se uma romagem ao cemitério para homenagear ‘soldados da paz’ e associados falecidos.
O presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Francisco Alves, e outros convidados da festa de aniversário visitaram ontem o Campo de Treinos da corporação, estrutura com inauguração prevista para breve.

“Estamos a pagar para combater incêndios”

O presidente da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Cabeceirenses lamentou ontem que a sua corporação esteja “a pagar para combater incêndios”. Jorge Machado alertou para o facto de o Estado não suportar as despesas com combate a incêndios florestais fora da chamada época oficial de fogos, que se inicia a 15 de Maio.

Os Bombeiros Cabeceirenses têm sido chamados, nas últimas semanas, a combater um número anormal de fogos florestais, situação que representa um “acréscimo de custos” para a corporação, já que ainda não entrou em vigor o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais e a consequente comparticipação estatal para as acções de ataque às chamas.

Jorge Machado, em declarações ao Correio do Minho, à margem das cerimónias do 68º aniversário dos Bombeiros Cabeceirenses, considerou “injusto” que o apoio do Estado apenas se cinja aos dias em que é decretado alerta amarelo pela Autoridade Nacional de Protecção Civil. “Já tivemos um incêndio com 59 homens no terreno à nossa custa”, exemplificou o presidente da direcção, sublinhando que “os incêndios provocam despesas, estejam dentro ou fora da época oficial”.

O comandante dos Bombeiros Cabeceirenses, Duarte Ribeiro, contabiliza mais de 30 incêndios florestais no concelho nas últimas duas semanas, “um número completamente anormal”, que atribui ao “mau comportamento das pessoas” que fazem queimadas em dias quentes e secos como os que se têm vivido. “Isto começa a ser um problema de polícia”, entende o comandante dos bombeiros, que contará com 15 efectivos em três equipas permanentes apenas na fase mais crítica da época de fogos, entre 1 de Julho e 30 de Setembro.

Desde o início de Abril, a corporação cabeceirense decidiu arcar com os custos de uma equipa permanente de cinco homens, sem apoio estatal ou camarário. “No final do ano, avaliaremos se temos condições para a manter”, adiantou-nos Jorge Machado.

Fonte: Correio do Minho

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