Dois Presumíveis Incendiários Julgados em Aveiro - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Dois Presumíveis Incendiários Julgados em Aveiro


O Tribunal de Aveiro começou hoje a julgar, em processos independentes, dois suspeitos de terem ateado incêndios florestais no último verão em Vagos e Oliveira do Bairro, que consumiram mais de um hectare de mato e floresta.

Um dos casos remonta ao dia 12 de agosto, cerca das 18:00, quando um trabalhador rural, de 55 anos, terá ateado um fogo a uma zona florestal em Calvão, no concelho de Vagos.

Segundo o Ministério Público (MP), o incêndio foi ateado com um isqueiro, através de chama direta, e uma garrafa com um líquido de cor amarela que o arguido transportava.

O tempo seco e o calor favoreceram o alastrar das chamas, originando quatro focos de incêndio que consumiram uma área florestal de 9.000 metros quadrados.

Perante o coletivo de juízes, o suspeito negou a intenção de atear o incêndio florestal, admitindo ter acionado o isqueiro sem querer, quando andava à procura de lenha para queimar.

"Tinha um isqueiro no bolso que caiu e depois quando fui para o agarrar, incendiei aquilo sem saber. Tentei apagar, mas não consegui e não tinha saldo para chamar os Bombeiros", afirmou o arguido, adiantando que a garrafa que transportava continha gasolina para colocar na mota.

Num outro caso, uma mulher, de 53 anos, é acusada de ter ateado dois incêndios florestais em Oliveira do Bairro, no dia 13 de agosto de 2016, pelas 20:00.

Segundo o MP, a mulher deslocou-se de carro até uma área florestal envolvente da zona Industrial de Bustos e atirou fósforos e um cigarro para uma zona de mato seco, dando origem a chamas que não se auto extinguiam.

Depois, a mulher ter-se-á deslocado para um outro eucaliptal, situado a cerca de 500 metros do local onde ocorreu o primeiro incêndio, e ateou novo fogo, lançando um fósforo para a vegetação ali existente.

Os dois incêndios foram combatidos por uma corporação de Bombeiros, apoiados por veículos cisterna, tendo consumido uma área de cerca de 1.700 metros quadrados.

A mulher, que está acusada de dois crimes de incêndio florestal agravado, confessou os factos, atribuindo o ato a um sentimento de desespero, após ter recebido uma má notícia.

"Fiquei em choque, descontrolada. Tenho noção de tudo. Nunca fiz mal a ninguém. Estou muito arrependida", disse a arguida, garantindo ao tribunal que esta situação não voltará a repetir-se.

Fonte: Noticias ao Minuto

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