Bombeiros mais Vulneráveis a Ataques Cardíacos - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 1 de maio de 2016

Bombeiros mais Vulneráveis a Ataques Cardíacos


Durante o combate às chamas, o risco de um bombeiro sofrer um ataque cardíaco é entre 12 a 136 vezes superior do que em situação de não-emergência.

A conclusão é do grupo de investidores que lidera o estudo que está a ser realizado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tarouca em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) através do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD).

O projeto “Pela vida de quem dá a vida” terminou a sua primeira fase e os resultados nais deverão ser dados a conhecer no nal do próximo verão, como o Jornal do Centro já tinha avançado em edições anteriores.

Os estudos procuram avaliar e monitorar os níveis de atividade física requeridos em situação de instrução e em situação de combate real às chamas, assim como os níveis de hidratação dos bombeiros em situação de pré-combate, combate e pós-combate às chamas.

Nesta sequência, propõem- se os investigadores desenvolver estratégias que permitam otimizar os movimentos coletivos de todos os elementos participantes numa unidade de combate às chamas, tendo em vista a adoção de comportamentos indutores de maior eficácia e segurança individual.

Todos os bombeiros participantes neste estudo piloto (20 elementos da corporação dos Bombeiros de Tarouca) são avaliados em alguns marcadores siológicos, fundamentalmente associados aos níveis de hidratação corporal, em situação de pré-combate, combate e pós-combate.

No verão de 2015, foram monitorizados na realização de atividades simuladas de combate a incêndios florestais, tendo sido, com a coordenação do comando operacional, realizadas manobras de ataque direto com linha de mangueira assim como abertura de faixa de contenção para combate indireto.

Durante estas atividades todos os elementos foram continuamente monitorizados com cárdio-frequencímetros (registo da frequência cardíaca) e com dispositivos de localização individual (GPS).

Foram igualmente recolhidos os níveis individuais de hidratação corporal (através da análise de urina antes e após as atividades). Estes dados foram utilizados para a caracterização individual dos perfis de solicitação energética/ siológica de cada um dos bombeiros.

Trata-se de um estudo pioneiro em Portugal, “onde não existe investigação disponível que forneça informação objetiva acerca da forma como se coordenam os elementos de uma equipa de bombeiros em situação de combate”, reconhece um dos coordenadores do projeto e também diretor do CIDESD, Jaime Sampaio, lembrando a existência de estudos internacionais segundo os quais “a combinação de atividades físicas realizadas em condições imprevisíveis, vestindo roupa quente e com exposição a fontes externas de calor, aumenta os níveis de stress físico e fisiológico”.

Fonte: Jornal do Centro

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