Bombeiro Morto em Incêndio na Estação da Luz foi a Enterrar - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Bombeiro Morto em Incêndio na Estação da Luz foi a Enterrar


O corpo do bombeiro civil Ronaldo Pereira da Cruz, 39, que morreu ontem no incêndio no prédio da estação da Luz, foi enterrado na tarde desta terça feira, no cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, zona norte de São Paulo.

O caixão foi sepultado às 17h20 –exatamente 25 horas e 30 minutos depois do início do incêndio que destruiu o museu da língua portuguesa, que ficava na estação.

Ronaldo foi a única vítima do incêndio.

O enterro foi acompanhado por cerca de 50 bombeiros. Ao final, eles cantaram o hino dos bombeiros, com as mãos no peito –alguns choravam.

A mulher de Ronaldo, Rita de Cássia Cruz, 49, bastante emocionada, ficou ao lado do caixão o tempo todo, desde o velório.

Rita contou nesta manhã à Folha que o marido era um apaixonado pela profissão e capaz de dar a vida pelas pessoas. 

Ele trabalhava havia seis anos como bombeiro, três deles como brigadista terceirizado no museu. Nesta segunda, Cruz ajudou os funcionários a deixarem o prédio. "Ele fazia o que gostava. Pode ter certeza, era com amor. Onde estiver agora está se sentindo com o dever cumprido", disse Rita.

Casado havia seis anos, o casal costumava trocar mensagens apaixonadas por um aplicativo de mensagens instantâneas várias vezes ao dia.

INCÊNDIO

O incêndio que destruiu parte do prédio da estação da Luz, património histórico na região central de São Paulo, devastou todo o Museu da Língua Portuguesa, um dos mais visitados da cidade e abrigado no local desde 2006.

Segundo os bombeiros, as chamas destruíram o segundo e terceiro andares do prédio, mas, em princípio, não afetaram a estrutura da estação de trem local onde passam 200 mil pessoas ao dia. No local, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que irá reconstruir o museu.

O incêndio começou por volta das 15h50 desta segunda (21) e foi controlado duas horas e meia depois. Uma imensa nuvem de fumaça cinza se espalhou pelo centro da cidade, e o teto de madeira do prédio, restaurado no século passado, desabou.

Para conter as chamas, os bombeiros contaram com a ajuda da forte chuva que desabou à tarde na capital paulista. Como toda segunda feira, o museu estava fechado ao público. Funcionários relataram que deixaram o prédio após ouvir o alarme de incêndio.

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