A fusão da Força Especial de Bombeiros (FEB) e os GIPS da GNR pode ser uma realidade já em 2016, segundo fontes oficiais do Ministério da Administração Interna.
O assunto não é novo dentro das altas patentes da GNR, que têm vindo ultimamente a reivindicar que “não faz sentido existirem duas forças a efectuar exactamente as mesmas funções”.
O Comando Nacional da Guarda Republicana, terá enviado esta semana um oficio à nova Ministra da Administração Interna, colocando-a a par da atividade destas duas forças, estando vincado nessa missiva que “é pertinente que haja a fusão das duas forças com a maior brevidade”.
O «Boca» d’ Incêndio contactou Anacleto Nunes, Comandante Nacional dos GIPS, questionando-lhe os motivos que motivaram esta medida. Em resposta, o comandante referiu à nossa redação que: “Em primeiro lugar, estamos aproveitar esta mudança de governo para fazer a alteração, em segundo, porque temos a plena confiança que o primeiro-ministro, António Costa, terá certamente a mesma visão que nós”. Recordamos que, foi pelas mãos de António Costa, quando o mesmo era Ministro da Administração Interna, que foram criadas as equipas do GIPS da GNR.
Na missiva enviada à Ministra da Administração Interna e a que o «Boca» d’ Incêndio teve acesso, o Comando Nacional da Guarda Republicana, refere que, “não há qualquer problema na integração da força especial de bombeiros na GNR”, referindo que “…as tarefas que executam são praticamente as mesmas, porem, só podem ser integrados nos GIPS todo e qualquer bombeiro que tenha cumprido o serviço militar obrigatório”, pode ser ainda lido na respetiva missiva.
A Autoridade Nacional da Proteção Civil já reagiu, referindo que, a ser aceite este pedido da GNR, “poucos ou nenhuns bombeiros irão integrar os GIPS” dado que, “muitos dos operacionais não foram à tropa”.
No seio da Força Especial de Bombeiros, comenta-se que o argumento utilizado pela GNR, só foi para impedir que a grande maioria dos elementos da FEB possam integrar a sua força, porem, acreditam que o MAI não irá aceitar a exigência.
Alguns elementos da FEB, que ganharam barriga enquanto ficaram mais de dois meses em casa, gozando horas dadas no verão, o «Boca» d’ Incêndio sabe que, muito deles após terem conhecimento desta medida, não saem do ginásio para ver se abatem a barriga, por outro lado, outros retomaram os treinos matinais que, no inicio da carreira era prática corrente.
Desanimados com a medida, estão os chefes e as altas patentes da FEB, que para alem das mordomias, como: carro, combustível e ordenados chorudos, com a sua integração nos GIPS deixam de as ter, dado que, na Guarda Nacional republicada não há nenhum militar que leve o carro para casa, nem o comandante do Posto.
O «Boca» d’ Incêndio irá acompanhar de perto todo este processo de fusão das duas forças, fique atento aos próximos desenvolvimentos.
Fonte: Bombeiros.pt
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