Rosa descobriu que estava grávida do terceiro filho em março de 2013, fruto de relações sexuais desprotegidas com um homem que conhecera numa noite nas Docas, em Lisboa.
A bebé viria a nascer em casa, durante a noite, em outubro desse ano. A mãe enrolou-a numa manta e colocou-a numa caixa de papelão semelhante a uma caixa de sapatos. Depois, deixou-a no lixo. A recém-nascida morreu e a mulher, atualmente com 40 anos, está acusada de homicídio. Aguarda o julgamento em liberdade. Segundo a acusação a que o CM teve acesso, "a arguida não limpou o bebé nem lhe prestou qualquer cuidado.
A arguida não laqueou o cordão umbilical. Ouviu a bebé chorar e gemer. Meteu-a numa caixa de papelão fechada onde a deixou enquanto limpava o quarto". Seis horas depois, pegou na caixa e deixou-a na rua, junto ao lixo. Nessa manhã, porém, começou a sentir-se mal e deu entrada numa urgência hospitalar. Tinha mais um feto. Só nessa altura soube que, afinal, estava grávida de gémeas. Também não quis criar a segunda menina e deu-a para adoção. Rosa não contou a ninguém acerca da gravidez. Escondeu do companheiro e dos dois filhos.
Quando a barriga cresceu começou a usar roupas largas. Na acusação é referido que o corpo da bebé nunca foi encontrado. "As diligências imediatamente efetuadas pela PJ tendentes a encontrar a caixa de cartão contendo a bebé foram infrutíferas". Mais. "O lixo deixado na via pública é introduzido em camiões de grande recolha de compactação automática e descarregados em fábrica, sendo praticamente impossível detetar uma caixa de papelão."
Na acusação é referido que a bebé já estaria morta quando foi colocada junto ao caixote do lixo na rua devido à não-laqueação do cordão umbilical, que provocou a morte da bebé pouco depois de ter nascido.
Fonte: CM
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