É, de acordo com o comandante, o primeiro corpo de bombeiros do país e dos poucos da Europa a ter assistência específica a animais.
Os Bombeiros de Matosinhos Leça estão agora preparados para salvar um cão ou um gato de um incêndio. Compraram um equipamento próprio de administração de oxigénio e receberam formação para as manobras cardio-respiratórias nos sinistrados de quatro patas.
O socorro a animais é em tudo semelhante ao socorro humano, só que noutra escala e com outro formato. A máscara de oxigénio para um cão, por exemplo, é mais comprida para se adaptar ao focinho. O comandante António Amaral, dos Bombeiros Matosinhos Leça, sublinha que nas manobras de reanimação cardio-respiratória há também pequenas diferenças. "Tem algumas especificidades no que toca ao sítio a fazer as compressões, à quantidade das compressões, ao oxigénio que se vai administrar", explica, acrescentando: "É específico para o tamanho e o tipo do animal. Vem com umas escalas de oxigénio, conforme existem para os humanos".
A ideia de comprar este kit de salvamento de animais surgiu no terreno. Num dia em que já não havia nada a fazer. "Infelizmente o cão já tinha morrido queimado", lembra António Amaral, recuperando a pergunta que os bombeiros fizeram a si próprios naquele momento: "E se eventualmente isto acontece e ele ainda está em agonia, o que é que devemos fazer?".
Uma bombeira de Leça que é "acérrima defensora dos animais" deu o empurrão que faltava para comprarem este equipamento que, afinal, nem representa grande investimento: custou 200 euros. "Nada de excecional para aquilo que se gasta em equipamentos de outra natureza", sublinha, admitindo que, por isso, é algo que estará "provavelmente" ao alcance de "qualquer corpo de bombeiros".
Falta agora apenas um elo na cadeia: ter um protocolo com clínicas disponíveis para acolher os animais socorridos em situações de emergência.
Fonte: TSF
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