Dor e Revolta em Tragédia na Figueira - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Dor e Revolta em Tragédia na Figueira


"Deixaram-nos a morrer, deixaram-nos morrer! Os homens a gritar por socorro, na balsa salva-vidas, e ninguém os conseguiu salvar", desabafavam na noite de terça-feira à noite dezenas de pescadores junto ao molhe sul da Figueira da Foz – quando os meios da Marinha tentavam resgatar os sete pescadores que chegavam da faina no arrastão ‘Olívia Ribau’. As buscas para encontrar os quatro desaparecidos no naufrágio recomeçaram na alvorada desta quarta-feira, disse à Lusa o comandante Nuno Leitão.

O barco naufragou quando entrava no porto, eram 19h15. Resultado: dois pescadores ficaram agarrados ao casco do barco afundado e foram salvos por uma mota de água. Dos outros cinco, um morreu e quatro continuavam desaparecidos esta terça-feira à noite. Três são da Figueira da Foz, um de Mira e outro de Caxinas. Os sobreviventes são dois irmãos, Adriano e Paulo, com 37 e 29 anos, de Leirosa, na Figueira. 

Viveram-se momentos de grande revolta no local, com amigos e familiares dos pescadores a criticarem a forma como foi feito o socorro. "É uma vergonha. Eu ouvi-os a gritar por socorro e ninguém foi capaz de os ajudar. Estavam todos aqui [no molhe] de mãos nos bolsos", disse um familiar do mestre da embarcação.

O naufrágio foi testemunhado por outros pescadores, surfistas e pessoas que passeavam no molhe. "A embarcação estava a entrar no porto e esperava por ondulação favorável. Eu comecei a ver o barco a inclinar-se até o mastro bater na água. Aí começou a ser engolido até desaparecer", conta Rogério Silva, que pescava em terra. 

Fonte: CM

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