Dez mil bombeiros assinaram uma petição e obrigam o próximo governo a rever a estrutura de financiamento - VIDA DE BOMBEIRO

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sábado, 10 de outubro de 2015

Dez mil bombeiros assinaram uma petição e obrigam o próximo governo a rever a estrutura de financiamento


Desde há uns anos a esta parte que o financiamento de diversas estruturas associativas e privadas, ligadas à proteção civil, são financiadas pela Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC).

O governo português irá brevemente rever a estrutura de financiamento da ANPC, motivado, segundo um porta voz do MAI, pela existência de uma petição assinada por mais de 10 mil bombeiros, que, ao que tudo indica, elaboraram um livro negro onde constam dados que colocam em causa a gestão dos dinheiros atribuídos a diversas entidades, como: Liga de Bombeiros (LBP), Escola Nacional de Bombeiros (ENB), Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP), entre outras…
«Boca» d’ Incêndio teve acesso ao livro negro e constatou que os 10 mil bombeiros são contra, por exemplo, ao financiamento da Liga de Bombeiros Portugueses por parte da ANPC. O porta-voz deste movimento, António Alberto, bombeiro há 30 anos, refere que “a liga de bombeiros é uma entidade que deve representar as suas associações, o facto de ser financiada pela ANPC em mais de 2 milhões de euros por ano, compromete, na nossa opinião, a defesa dos seus associados.” O mesmo bombeiro refere ainda que “não existe transparência, poucos conhecem o seu balanço anual”, desafiando ainda a LBP a publicar no seu site na Internet as contas referentes a 2014.
Mas as criticas não ficam por aqui, os assinantes desta petição referem ainda que a ENB gere dinheiro que não devia gerir, em causa estão mais de 14 milhões de euros, que, só em 2014 entraram nos cofres desta instituição.
António Alberto refere que “este dinheiro serve para pagar os ordenados da Força Especial de Bombeiros, ao pessoal do Apoio Técnico Operacional, aos operadores e para a formação.” Na sua opinião, conta ao «Boca» d’ Incêndio , que a ANPC “não devia ter intermediários para efetuar estes pagamentos”. E questiona se a ANPC não tem mecanismos para contratualizar diretamente com estes elementos, escusando assim, de utilizar uma “barriga de aluguer”.
Relativamente à ANBP, António Alberto, não compreende o critério de atribuição deste financiamento, quando existe uma Associação Portuguesa dos bombeiros Voluntários que “não recebe um chavelho”“Para que serve o dinheiro dado à ANBP?” rematou.
No livro negro consta ainda uma observação relativamente aos gastos da Força especial de Bombeiros comparativamente com as Equipas de Intervenção Permanente, designadas de EIP, sediadas nos corpos de bombeiros. No documento, pode ser lido que a Força Especial de Bombeiros gastou, no ano de 2014, qualquer coisa como 4.848.049€, mais do que todas as EIPS existentes do país que gastaram pouco mais de 4.505.128€.
O mesmo movimento declarou ao «Boca» d’ Incêndio que lamenta, que a Autoridade Nacional de Proteção Civil movimente anualmente mais de 70 milhões de euros e que nas fileiras dos bombeiros ainda se fale na falta de equipamento e falta de formação.
Declaram ainda que, levarão o caso até às ultimas consequências a bem da verdade e da transparência.
Bombeiros.pt

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