A direção dos Bombeiros da Lixa negou, em comunicado, que o facto de uma ambulância de socorro estar inoperacional desde agosto, na sequência de um acidente, ocorra por falta de dinheiro para reparar a viatura.
"Nunca o corpo de Bombeiros da Lixa, ao longo de 126 anos de existência, ficou por motivos financeiros sem equipamento/viaturas suficientes para prestar o socorro eficiente à população", lê-se no comunicado.
Ainda segundo o documento, sempre que foi necessário, os diretores da associação humanitária avalizaram empréstimos bancários para "proporcionar" ao corpo de bombeiros "os meios necessários para o efeito".
Na quinta-feira, a agência Lusa noticiou que uma ambulância medicalizada da corporação, habitualmente solicitada para transporte de doentes entre hospitais, estava inoperacional devido a um acidente e que a corporação não teria meios para a reparação.
Naquele dia, o comandante José Campos tinha dito à Lusa que o conserto do veículo, parado desde agosto, estava orçado em mais de 20.000 euros, um valor demasiado elevado para as possibilidades da associação humanitária.
A propósito, lembrou também o comandante, que uma ambulância nova, com aquelas "características especiais", custaria mais de 60.000 euros.
Face à situação, explicou, a corporação avançou com uma campanha para angariação de fundos, que ajudasse a reparar o veículo, junto da comunidade servida pelos Bombeiros da Lixa, que compreende território dos concelhos de Felgueiras e de Amarante.
Além de cartazes distribuídos pelas várias localidades, também estão a ser usadas as redes sociais para ajudar a divulgar a campanha.
Contudo, para a associação humanitária, ainda de acordo com o comunicado, a referida notícia "não corresponde à verdade", sublinhando-se que "a referida viatura" está a ser reparada "desde o dia em que a companhia de seguros da outra viatura interveniente no acidente, propriedade da Casa do Povo da Lixa, emitiu decisão de atribuição de responsabilidade do sinistro".
No comunicado, assinala-se que "as declarações dos condutores intervenientes no acidente, assinadas pelos respetivos tomadores dos seguros, Associação Humanitária Bombeiros Voluntários da Lixa e Casa do Povo da Lixa, não foram coincidentes".
Esse facto, acrescenta-se, provocou um atraso na averiguação da responsabilidade do acidente".
"Implicou atraso na decisão das companhias de seguros e, naturalmente, originou atraso na ordem de reparação que a direção dos Bombeiros da Lixa deu à oficina", conclui-se no documento assinado pela Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros da Lixa.
Fonte: tamegasousa.pt
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