Talvez também outras, mas as Câmaras Municipais da Murtosa e de Chaves seguramente, estão, e vão, no bom caminho.
O Estatuto Social do Bombeiro, na versão que lhe conhecemos, carece de muita e boa vontade política para sofrer uma alteração substantiva e apresentar uma roupagem mais atractiva, que há muito tempo não tem.
É sabido que o Estatuto Social do Bombeiro, expressão que devia ser recuperada, é uma frustração, atendendo à sua aplicação prática, ao número de beneficiários alcançados e aos apoios consagrados, nada ousados nem arrojados.
Sendo assim, a alternativa, e com potencial de sucesso, será precisamente virarmo-nos para a dimensão municipal.
A integração, à escala municipal, de apoios sociais ao voluntariado é o caminho, perante a inércia do Estado Central, o seu laxismo e a sua pouquíssima propensão para investir nesta vertente.
Serão apoios mais palpáveis, mais reais, que mexerão mais com a bolsa dos bombeiros e com maior repercussão nas suas economias domésticas.
A isenção das taxas/ licenças municipais, incluindo as de construção/remodelação/ampliação de habitação própria e permanente e de ligação/consumo de água, o acesso gratuito a iniciativas desportivas e culturais, a utilização sem custos de infra-estruturas desportivas e a instituição de bolsas de estudo, são bons exemplos, mas haverá mais definidos à escala local, de promoção efectiva do voluntariado e de discriminação positiva de quem se dedica a esta causa.
Para ser bem, falta agora o necessário enquadramento político, que traga a benção e o apadrinhamento da Associação Nacional de Municípios, entidade que pode, e deve, ser a locomotiva do processo, condição incontornável para uma implantação nacional dos benefícios sociais e para que, nos 308 municípios, todos os bombeiros possam vir a ter condições equivalentes.
Haja vontade e capacidade de negociação entre as partes interessadas.
Os bombeiros exigem esse esforço.
Rebelo Marinho in O Zingarelho
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