Presidente da LBP Insiste no Portugal 2020 - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Presidente da LBP Insiste no Portugal 2020

“Os bombeiros continuam a preci­sar de quartéis, a necessitar de recuperá-los, continuam a precisar de equipamentos e, por isso, o Portugal 2020 necessita de ter uma percenta­gem destinada aos bombeiros à di­mensão daquilo que nestes 7 anos possa contemplar as suas grandes di­ficuldades”, defendeu o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) durante a sessão promovida pela Área Metropolitana de Lisboa (AML) para entrega de equipamentos de proteção individual (EPI).

Foram entregues EPI a metade dos efetivos de bombeiros existentes na AML, ou seja, a 2330 elementos, en­globando 1700, de 46 associações de bombeiros do distrito de Lisboa e do Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa e 630, de 16 associações da Península de Setúbal e da Companhia de Sapadores de Setúbal.

Na sua intervenção, o comandante Jaime Marta Soares, dirigindo-se à responsável do POVT presente, enfati­zou ainda que “as dificuldades dos bombeiros não são eles que as criam, acontecem porque todos os dias eles estão atentos para defender as vidas e os haveres das populações, substi­tuindo o Estado, no fim de contas, substituindo os poderes públicos insti­tuídos, com um exército de mais de 30 mil mulheres e homens que são o principal agente de proteção civil em Portugal”, que “precisa de ferramentas que alavanquem uma boa prestação de socorro, é tão só isso que se pre­tende”, ou seja, “os bombeiros preci­sam de ser tratados à medida do que é a sua prestação na sociedade portu­guesa”.

O comandante Jaime Soares lem­brou que a LBP entrou neste processo desde o início e que, desde logo, pediu “que fosse tratado de forma expedita”.O presidente da LBP defendeu a ne­cessidade futura de aligeirar os proce­dimentos burocráticos para a obten­ção de EPI. “Não ponho em causa que os responsáveis das áreas metropoli­tanas e das CIM não se tenham empe­nhado para que as coisas andassem, não ponho isso minimamente em cau­sa, mas o que é verdade é que os bombeiros estiveram à espera dois anos”.

Perante o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, que presidiu à cerimónia, o comandan­te Jaime Soares propôs ao governante uma alteração à lei “para que esta bu­rocracia administrativa em situações de emergência possa ser tratada de outra forma”, lembrando que “nós res­peitamos a lei, quem somos nós, LBP, para não a respeitar mas não podemos deixar de levantar a nossa voz contra esta burocracia excessiva”.

Conforme referiu o primeiro secre­tário Metropolitano, Demétrio Alves, o processo de obtenção dos EPI envol­veu um investimento superior a um milhão de euros, 85 por cento dos quais coberto pelo POVT, 7,5 por cento pela ANPC e os restante 7,5 pelos 18 municípios da AML.

A sessão, realizada no salão nobre do Edifício Mascarenhas, sede da AML, em Lisboa, contou também com as presenças, do presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Basílio Horta, do diretor nacional de bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, do comandante de Agrupamento Distrital do Agrupa­mento Sul da ANPC, Elísio Oliveira, da comandante operacional distrital de Setúbal, Patrícia Gaspar, do coman­dante distrital de Lisboa, Carlos Mata, do segundo comandante do Regimen­to de Sapadores de Lisboa, da respon­sável pela área operacional para a prevenção e gestão de riscos do POVT, Isabel Martins, para além de presiden­tes de câmaras municipais, represen­tantes de autarquias, dirigentes e ele­mentos de comando das associações e corpos de bombeiros abrangidos.

LBP