Os leitores da revista Seleções do Reader´s Digest elegeram recentemente pela 14ª vez os Bombeiros como a atividade, a missão que mais respeitam. É isso que testemunha o galardão que aqui reproduzimos, e que a Liga dos Bombeiros Portugueses foi convidada a receber mais uma vez em nome de todos os bombeiros profissionais e voluntários.
Estão de parabéns os leitores, pelo seu demonstrado reconhecimento para com os Soldados da Paz, assim plasmado no voto. E também está de parabéns a revista por, periodicamente, vir indagar sobre as preferências dos portugueses, por amostragem feita junto dos seus leitores.
São poucas as oportunidades, como esta, em que os portugueses, sem brindes ou promoções, nem constrangimentos de qualquer ordem, podem dar azo aos seus juízos, aos seus afetos e aos seus gostos. Daí, a enorme abertura e sinceridade com que o fazem e os resultados que se registam.
A par desse referendo anual sobre as personalidades e as atividades mais bem quistas, a revista procura também elencar junto dos leitores, na qualidade de consumidores, as suas marcas de confiança.
Podemos dizer que, sem dúvida, os Bombeiros continuam também a constituir repetidamente uma marca de confiança para os portugueses.
Trata-se de um estímulo e um incentivo para as muitas mulheres e homens que fardam de Bombeiros.
No caso dos voluntários, todos sabemos que nos dias de hoje é cada vez mais difícil conseguir estar disponível para desempenhar esta tão nobre missão. Não, porque tenha diminuído nos cidadãos o espírito solidário e abnegado que os faz aderir ao voluntariado. Não por uma qualquer crise de identidade, mas sim por e exclusivamente crise de disponibilidade, nomeadamente nos turnos de dia.
Essa disponibilidade é marcada indissociavelmente por fatores estranhos à vontade dos próprios, seja pela atividade profissional, que tantas vezes os leva a reduzir os tempos disponíveis, marcados pelos tipos de atividade ou a distância, seja pela atividade formativa e até académica, por essas e outras razões associadas porventura até da possibilidade de colocar em risco a estabilidade do seu emprego.
Em síntese, como nunca, são muitos os fatores inibidores para que as mulheres e homens vistam de Soldados da Paz e possam exercer essa missão humanitária de forma regular. Daí que, aos que o conseguem, sabe-se lá com que sacrifícios pessoais, familiares e profissionais, seja sempre justo e oportuno tecer os tributos que os incentivem e animem a prosseguir. Eles, sem dúvida, já têm dentro de si muita da força anímica e da tenacidade e empenho que os leva a fazê-lo. Mas nunca faz mal, nem é de mais, que a sociedade também lhes testemunhe a admiração e o reconhecimento que sente por eles.
Comandante Jaime Marta Soares