O deputado Paulo Sá (PCP), eleito pelo círculo do Algarve nas listas da CDU, questionou o governo sobre as “graves dificuldades financeiras” da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Silves.
Uma delegação do PCP, integrando o parlamentar algarvio, visitou na semana passada a associação e reuniu-se com a sua direção, inteirando-se das graves dificuldades financeiras que comprometem a sua missão.
“As dificuldades financeiras resultam da acentuada quebra de receitas provocada pelas alterações das regras de financiamento para o transporte de doentes não urgentes”, refere o deputado, no seu requerimento.
Na sequência destas alterações, impostas pelo governo, as receitas com o transporte de doentes não urgentes da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Silves caíram a pique: em maio de 2013, as receitas do transporte de doentes para o Hospital de Portimão foram de 13.513 euros e, um ano depois, em maio de 2014, foram já de apenas 926 euros.
“A acentuada diminuição de receitas da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Silves não foi compensada pelo aumento da verba entregue pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) a esta associação”, assinala o PCP sobre um montante que aumentou 84 euros, estando prometido um acréscimo de 751 euros para 2015, “o qual continua a ser insuficiente para as necessidades de financiamento da associação”.
A falta de financiamento adequado conduz, assim, “a uma situação orçamental altamente deficitária – cerca de 10.000 euros mensais”, frisa o deputado algarvio.
A dívida da associação, que em março enfrentou “sérias dificuldades” para conseguir pagar os salários dos seus 29 trabalhadores, ascende a 140 mil euros e, sem uma melhoria da situação, o pagamento dos próximos salários e a aquisição de combustível para as viaturas ficarão comprometidos.
Paulo Sá questionou a ministra da Administração Interna sobre a situação financeira da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Silves e sobre a eventual intenção do governo de reforçar a verba atribuída pela ANPC e a verba entregue pelo INEM para a manutenção de um serviço de emergência permanente no concelho de Silves.
Fonte: Região Sul
