Um carro subia, no último sábado, a Avenida da Liberdade, em Paço de Sousa, Penafiel, quando, de repente, um tractor saiu de um acesso a um campo. O choque foi inevitável. Atrás seguia uma segunda viatura que, na sequência do primeiro acidente, foi obrigado a sair da faixa de rodagem antes de capotar. Pelo meio, ainda colheu uma motociclista.
Um autocarro que circulava no mesmo sentido também não teve como evitar o despiste.
Resultado final: dez vítimas, duas das quais mortais e outras quatro muito graves. Um número que obrigou à presença de 36 bombeiros de Paço de Sousa, três de Cete e ainda 11 elementos (enfermeiros, médicos e psicólogos) do INEM. Também a GNR esteve no local para ordenar o trânsito.
Testar coordenação entre bombeiros e INEM
Esta situação dramática poderia ter acontecido, mas não passou de um cenário montado para um simulacro organizado pelos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa e que envolveu ainda a corporação de Cete, o INEM, a GNR e o Agrupamento de Escoteiros de Paço de Sousa. O exercício teve como objectivo testar a coordenação entre bombeiros e INEM e, para o comandante interino da corporação, chefe Agostinho Coelho, o balanço final foi positivo. "Correu bem. O mais importante era avaliar a coordenação com o INEM e testar a nossa resposta em situações semelhantes. Não estamos habituados a cenários desta dimensão", refere Agostinho Coelho.
O comandante interino revela que, logo no início do simulacro, houve "pequenas falhas" de comunicação, o que até permitiu um maior grau de improviso. "Uma equipa do INEM chegou primeiro do que os bombeiros, o que não está previsto. Mas foi bom ter acontecido esse tipo de falhas, porque nos permite corrigir", defendeu.
No 'briefing' final, os responsáveis do INEM chegaram à mesma conclusão de um exercício que correu bem e que é para repetir. Pelo menos é essa a intenção do chefe Agostinho Coelho. "São exercícios importantes e, se possível, para realizar no futuro", diz.
Fonte: Verdadeiro Olhar