Distrito de Viseu Registou Menor Número de Incêndios dos Últimos 30 Anos - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Distrito de Viseu Registou Menor Número de Incêndios dos Últimos 30 Anos

O distrito de Viseu registou 640 incêndios florestais em 2014, o número mais baixo dos últimos 30 anos, disse hoje o comandante operacional distrital (Codis), Lúcio Campos.

Ao fazer um balanço final do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) 2014 para o distrito de Viseu, Lúcio Campos considerou que foi "extremamente positivo".

"Tendo particularmente em consideração o último ano (2013), poderemos afirmar que 2014 foi um ano excelente em termos de combate aos incêndios florestais no nosso distrito, nomeadamente por se terem registado zero baixas nos operacionais envolvidos", referiu, sublinhando que este tinha sido o principal objetivo estabelecido para este ano.

No distrito, registaram-se 640 incêndios, que resultaram em cerca de 1.100 hectares de área ardida.

Em 2013 -- ano que ficou marcado pela morte de quatro bombeiros na Serra do Caramulo -- os números tinham sido superiores: 2.221 incêndios e mais de 42.000 hectares de área ardida.

Lúcio Campos explicou que, em 2014, o número de incêndios foi "o mais baixo dos últimos 30 anos" e o número da área ardida "dos melhores dos últimos 10 anos, sendo só superado pelo ano de 2008".

"Verificaram-se três incêndios com mais de 100 hectares (em 2013 foram 30) e os concelhos mais afetados foram Carregal do Sal (295 hectares), Nelas (191 hectares) e Viseu (131 hectares)", acrescentou.

O comandante operacional admitiu que "as condições meteorológicas foram muito favoráveis, podendo mesmo dizer-se que foi um ano atípico", tal como o tinha sido o de 2013, "no sentido oposto, em termos de severidade meteorológica".

No entanto, referiu que "em termos de severidade meteorológica, o ano de 2014 foi muito parecido com o de 2002, quando ocorreram, a nível nacional, 26.488 incêndios, resultando em 124.000 hectares de área ardida".

Por isso, Lúcio Campos mostrou-se convencido de que os números deste ano "não resultaram simplesmente de condições meteorológicas favoráveis, mas foram também o resultado de muitos outros fatores extremamente decisivos e importantes".

As campanhas de prevenção e sensibilização junto das populações levadas a cabo pelo Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente e pelo do Grupo de Proteção e Socorro da GNR, bombeiros e Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, numa ação concertada com o Comando Distrital de Operações de Socorro e os serviços municipais de Proteção Civil e Gabinetes Técnico Florestais das Câmaras foram também essenciais, acrescentou.

Outro dos fatores que considerou importante foi "a grande aposta ao nível da formação dos bombeiros do distrito de Viseu", tendo sido realizadas 92 ações de formação e treino operacional para cerca de 1.300 bombeiros do distrito que "se encontram mais e melhor preparados para enfrentar situações de risco".

A "melhoria na relação, cooperação e articulação dos vários agentes de proteção civil do distrito de Viseu nos vários teatros de operações" e o pré-posicionamento de meios durante os períodos de maior probabilidade de ocorrência de incêndios florestais foram outros aspetos que destacou.

Por entender que, "não se pode, nem deve, 'adormecer' nos resultados de 2014", o DECIF 2015 já começou a ser preparado, assegurou.

Fonte: Lusa