O grupo de bombeiros da Corporação de Pombal pediram hoje a intervenção do Sindicato Nacional dos Bombeiros Portugueses (SNBP) junto da direcção da Associação Humanitária com vista a poderem receber o subsídio de Natal que deveria lhes ter sido pago até ao passado dia 15.
Em causa está o pagamento daquele subsídio a 22 trabalhadores da associação que optaram, no início do ano, em o receber na totalidade e não em duodécimos como aconteceu com os restantes assalariados.
Rodrigues Marques, presidente da direcção, desmente a situação e garante que “não há qualquer atraso no pagamento de ordenados ou subsídios aos trabalhadores da associaçaõ” acrescentando que a mesma tem a sua situação regularizada perante o fisco e a Segurança Social.
“O facto de 22 empregados, no total de 44, só receberem hoje resulta do seu próprio pedido”, refere Rodrigues Marques, acrescentando que “respeitámos e cumprimos o pedido dos outros 22 empregados que já receberam.”
Contudo, Sérgio Carvalho, presidente do sindicato desmente o dirigente, referindo que nenhum dos bombeiros pediu para receber o subsídio de Natal no dia 22 ou dia 23 de Dezembro. “De acordo com a lei aqueles 22 trabalhadores informaram a associação de que pretendiam receber o subsídio, na totalidade, em Dezembro, enquanto os restantes optaram por o receber ao longo do ano por duodécimos”, afirma, adiantando que “a associação sabe há muitos meses que aqueles 22 trabalhadores teriam de receber o subsídio até ao dia 15 de Dezembro como estipula a lei nacional”.
Ao ter tomado conhecimento da situação o dirigente sindical entrou em contacto telefónico com o presidente da direcção, tendo-lhe este informado que “amanhã será o pago o subsídio de Natal aos bombeiros que ainda não receberam” e que aqueles que “necessitem “necessitem de dinheiro logo disponível deviam contactar a direcção e solicitar que o pagamento seja feito por cheque de forma a poderem levantar logo o dinheiro se assim o entenderem”.
Sérgio Carvalho refere, ainda, que Rodrigues Marques lhe terá dito que aquele atraso “se deve à falta de caixa e ao atraso do pagamento de um subsídio da Câmara Municipal, estando a ser enveredados esforços para que esse pagamento seja feito.”
O dirigente sindical diz lamentar a situação e que os bombeiros “deveriam ter sido informados do que se estava a passar” tendo em conta a “dificuldade que os bombeiros têm tido para poderem preparar o seu Natal e cumprir com os seus compromissos financeiros”.
Entretanto, conseguimos apurar que hoje mesmo a Associação Humanitária remeteu para a entidade bancária a listagem para a realização das respectivas transferências bancárias, regularizando, assim, aquele atraso.
Aquela situação surge num momento em que o mal estar instalou-se no seio do Corpo Activo, uma vez que este ano não foi realizado o tradicional almoço de Natal, que habitualmente junta os bombeiros, familiares e membros dos corpos sociais.
Rodrigues Marques remete uma justificação para um aviso datado de 4 de Dezembro onde a direcção comunica a sua decisão de não realizar o “Jantar de Natal” devido às “condições financeiras da associação”, mas mantém a distribuição de prendas aos filhos dos bombeiros.
Por: Orlando Cardoso
Pombal Tv