Foi empossado o novo comandante da corporação de Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos.
Acto simbólico que, todavia, foi precedido de várias queixas anónimas que chegaram ao DIÁRIO, tendo ficado explícito o desagrado pela forma como foi desencadeada a nomeação de Fernando Gomes, assim como criticaram a postura autoritária do graduado.
Rui Fernandes, presidente da direcção, o qual, no entanto, rebate as acusações quando confrontado pelo nosso matutino.
No entanto, os bombeiros lembram que a crispação no interior do corpo de bombeiros aconteceu quando foi solicitada uma reunião ao ex-comandante da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos, Sílvio Freitas, pelos Bombeiros Voluntários daquela Associação, com o intuito de verem esclarecidos problemas relacionados com a operacionalidade do corpo de bombeiros.
Reunião solicitada aos órgãos de comando, nomeadamente ao adjunto de comando, Fernando Gomes, e o comandante, Sílvio Freitas, por escrito e verbalmente.
‘Conversa’ que só se realizou cerca de três meses após a primeira solicitação e mediante abaixo-assinado, isto porque os órgãos de comando consideraram os pedidos e problemas dos bombeiros desta corporação sem fundamento.
Foi nesse encontro, em Março de 2014, que Sílvio Freitas decidiu abandonar o comando. No decorrer dessa reunião, alegam alguns bombeiros que agora voltam a fazer novas críticas, “foram expostos vários problemas que, na sua maioria, continuam sem resposta até ao dia de hoje, mas acima de tudo ficou evidente a falta coordenação, entendimento e ocultação de informação dos órgãos ali presentes”, expressam.
Posteriormente, sublinham que foram “abertos inquéritos aos bombeiros intervenientes na reunião que resultaram na suspensão de quatro bombeiros e num processo disciplinar a um deles”, movido pelo adjunto Fernando Gomes que apresta-se para ser empossado comandante.
“Actualmente, espera-se que se faça justiça à injustiça a que foi sujeito o bombeiro sancionado com um processo disciplinar”, manifestam.
Após a saída do comandante Sílvio Freitas, a direcção delegou o comando da estrutura física e humana ao adjunto Fernando Gomes.
“Desde então, os Bombeiros de Câmara de Lobos têm sobrevivido sob a tutela de um líder que faz questão de dizer que democracia só existe fora das portas do quartel”.
E acrescentam: “De facto, este quartel nunca havia conhecido antes tal situação, o medo, as represálias, as ameaças são o quotidiano destes solitários soldados da paz”.
Perante o que foi dito anteriormente e “representando apenas uma pequena parte” daquilo que dizem ser “ilegalidades” e “atrocidades”, não percebem a promoção.
Um só elemento com condições Rui Fernandes diz que embora existissem alguns bombeiros que gostassem de ser comandantes “só um elemento reunia essas condições”... Fernando Gomes.
O dirigente lamenta que os discordantes sejam apenas “4 ou 5” e que devem estar mais preocupados em servir a população e não com as decisões que a direcção toma, porque as toma com sentido de “responsabilidade e rigor”, lembrando as medalhas de Ouro e de Mérito que ostenta nos quadros da instituição, sinal de reconhecimento, assinala Fernandes.
De resto, o presidente da direcção contraria ainda as denúncias dizendo que ouviu alguns elementos, incluindo chefes de piquete, e que levou o assunto à direcção onde foi apreciada a sua proposta.
Ademais, sublinha que se Fernando Gomes não tivesse competência, o Serviço Regional de Protecção Civil não homologaria a sua acreditação como foi o caso.
Fonte: Notícias da Madeira
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