O Instituto Nacional de Emergência Médica tem equipas específicas e material com um grau de proteção superior para atuar no socorro e transporte de casos suspeitos de ébola até aos hospitais de referência.
Fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) disse à agência Lusa que, sempre que este instituto for chamado a socorrer um indivíduo suspeito de estar infetado com o vírus do Ébola, serão equipas especializadas a atuar, as quais receberam uma formação específica.
Na quinta-feira, todos os colaboradores do INEM receberam novamente informação sobre o vírus do Ébola - que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar o estado de "emergência de saúde pública de carácter mundial" - nomeadamente os seus sinais e sintomas, bem como as formas de atuar.
Além da constituição de equipas especializadas e da formação específica, o INEM adquiriu material com um grau de proteção superior, o qual será usado em casos suspeitos de infeção.
O INEM atuará no socorro a casos suspeitos e no seu transporte aos hospitais definidos para atender estes casos, que em Lisboa é o Curry Cabral e o Dona Estefânia e, no Porto, o São João.
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, pediu hoje à comunidade internacional que ajude os países afetados a combater a epidemia de Ébola, a pior em quatro décadas.
Em conferência de imprensa, Chan afirmou que os países da África Ocidental mais atingidos pela epidemia - Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e Nigéria - "não têm meios para responderem sozinhos" à doença e pediu "à comunidade internacional que forneça o apoio necessário".
Desde março, a epidemia já matou 932 pessoas e infetou mais de 1700.
O vírus do Ébola transmite-se por contacto direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados.
A febre manifesta-se através de hemorragias, vómitos e diarreias. A taxa de mortalidade varia entre os 25 e 90% e não é conhecida uma vacina contra a doença.
Fonte: JN
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