A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) considerou hoje que a futura lei de financiamentos das associações e corpos de bombeiros deve ser “justa, equilibrada” e acabar "com os subsídios pontuais”.
“Fazer uma lei que seja justa, equilibrada e que tenha o rigor necessário à dimensão daquilo que deva ser o ressarcimento das associações e corpos de bombeiros, pelo trabalho que desenvolvem. Não podemos continuar à espera de migalhas que vão sobrando, nem da boa disposição de um qualquer governante ou autarca”, disse à agência Lusa o presidente da LBP, Jaime Marta Soares.
A LBP e o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, iniciaram, na quarta-feira, as negociações para a criação da lei do financiamento das associações e corpos de Bombeiros.
Segundo a LBP, esta lei vai substituir o atual modelo de financiamento, que é provisório desde 2007.
“Não podemos a continuar a viver da caridade alheia”, afirmou Jaime Marta Soares, acrescentando que a nova lei vai “acabar com os subsídios pontuais” e “definir claramente quais os valores” que cada corporação vai receber pelos serviços que presta à comunidade.
O mesmo responsável adiantou que o financiamento deve ser feito com base na tipificação das associações ou corpos de bombeiros nos municípios onde estão inseridos, como grau de risco de incêndio e quantidade de população que servem.
A LBP propõe também que uma das formas de financiamentos dos bombeiros voluntários seja a partir das receitas de todos os jogos sociais.
Jaime Marta Soares explicou que atualmente os bombeiros já recebem verbas do totoloto e totobola, mas desde a criação do euromilhões que sofreram um corte de quase 40 por cento, defendendo, por isso, verbas também do euromilhões.
Jaime Marta Soares sublinhou ainda que a lei de financiamentos das associações e corpos de bombeiros é “há muito reclamada”, mas tem sido “sempre adiada”.
“Agora as coisas estão devidamente assentes [para] que, até final do ano, os trabalhos sobre a nova lei estejam concluídos”, afirmou, acrescentando que ficaram já acordadas novas reuniões com a tutela.
Fonte: Jornal da Madeira
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