"Os Lideres que os Bombeiros não Merecem" - VIDA DE BOMBEIRO

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sábado, 18 de janeiro de 2014

"Os Lideres que os Bombeiros não Merecem"


Apesar de me encontrar um pouco débil de saúde, a cabeça e os sentimentos continuam a funcionar e estão sempre presentes em todas as minhas posições/acções, por isso, cá estou mais uma vez a maçar-vos para vos dar a conhecer a ingratidão que senti pelos três dias de luto decretados pelo governo pela morte do nosso, muito querido e estimado Eusébio.

Interiorizamos os sábios, os homens com H grande, os actores e os desportistas, transformando-os em causas, descobrindo neles a simplicidade, a humildade, o respeito e admiração pelas obras que se tornaram imortais e que nos legaram. A homenagem prestada ao já nosso saudoso Eusébio é mais que merecida, pelo futebol e pela pessoa que foi, tornando-o num símbolo a seguir a nível nacional e internacional.

Sendo um exemplo, ele será perpetuado pelos nossos corações e bem vindo nas nossas saudades e lembranças, porque tornou exemplo maior como deve viver um senhor, banal, inteiro e vertical, tornando-se digno da nossa pública homenagem, porque a merece com toda a propriedade em virtude de ter sido impar entre os pares. A vida só faz sentido se for sentida, já que sentir a vida é vive-la dia a dia.

Há porem pessoas que não se limitam a passar pela vida, marcam-na, e o Eusébio tal como os valorosos soldados da paz, são disso um exemplo, transmitindo-nos que as suas vivencias foram feitas com prazer e muito amor, deixando para os vindouros a eterna alegria de que, para eles a vida fez sentido, e tal como disse o professor, “Eusébio nasceu, viveu e morreu povo”, aquele que nós defendemos.

Esta abordagem feita sobre o “monstro” sagrado que foi e continuara a ser o nosso Eusébio é o preludio para o que vos desejo transmitir, que são as razões da minha tristeza, não pelos três dias de luto decretado e merecidos, mas sim, por entender que da parte de quem nos deveria governar, no qual incluo o Presidente da Republica, existem dois pesos e duas medidas.

A decência é um valioso e incontornável valor, daqueles que provavelmente só são superados pela honestidade, a verdade e a justiça. A indecência é a falta dessa mesma decência, é obscenidade e inconveniência, sendo no fundo e por isso, contraria a moral.

O ultimo verão fatídico para a nossa família, pode ser entendido como o estado de algumas pessoas, “em que cada uma delas se abriga por todos e por tudo, pela falta de cumprimento por parte de outras”, esquecendo-se aqueles que perderam a vida 8 (oito) pessoas, os nossos heróis oriundos do voluntariado. 

Qual foi o agradecimento dos nossos governantes, e do próprio presidente da republica, por acaso decretaram que todas as bandeiras nacionais ficassem a meia haste, por acaso decretaram luto nacional??? NÃO.

Vieram isso sim de alguém ligado ao governo, com um “relatório encomendado” culpabilizar os bravos deste país, por defenderem o património nacional e por socorrerem as vidas e os haveres das populações com risco da própria vida.

Ora foi exactamente a “leveza de tratamento” comparativamente aplicada a homens e mulheres que irão deixar os seus nomes gravados no “livro de ouro da história já longa do voluntariado”, adoptada pelo governo e pelo presidente da republica, que me levou a pensar na existência de “dois pesos e duas medidas”, e logo connosco, os “Soldados da Paz”.

De uma vez por todas, merecemos respeito...

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