A assembleia geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Fundão repudiou esta sexta-feira, 5 de dezembro, os “comportamentos indignos” e de natureza criminal que envolvem elementos do seu corpo ativo e que foram tornados públicos recentemente, causando grande alarme social na comunidade.
Reafirmando “os valores da dignidade, solidariedade e serviço público” que orientam a missão da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Fundão, a assembleia geral manifestou “o seu repúdio por quaisquer comportamentos indignos ou contrários à lei e que não se coadunam com os princípios éticos e humanitários da instituição”. Reafirmou também “total colaboração” da Associação Humanitária com as autoridades competentes, no âmbito dos procedimentos em curso, expressando o seu “inequívoco apoio à vítima, garantindo também que “tudo fará para assegurar um ambiente seguro, respeitador e digno para todos os seus membros e utentes”.
Numa proposta, aprovada por unanimidade, a assembleia-geral reitera também que “a missão da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Fundão não pode ser posta em causa por condutas individuais, que se afastem dos seus valores fundadores”.
Sem surpresa, o escândalo da alegada violação e coação de um jovem bombeiro por outros bombeiros da corporação dominou a assembleia geral onde se decidiu lançar o concurso para a construção do futuro quartel na Quinta do Caranguejo. Numa intervenção emotiva, e em nome dos Bombeiros, o presidente da direção da Associação Humanitária, Carlos Jerónimo, pediu desculpa à população pelo sucedido, agradeceu as mensagens de apoio de quem conseguiu separar “o trigo do joio” num momento “tão conturbado e tão difícil” da vida dos bombeiros e garantiu que, através da sua ação, os Bombeiros Voluntários do Fundão conseguirão restaurar a confiança da população.
Jornal do Fundão
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