NÃO ME VOU CALAR - VIDA DE BOMBEIRO

______________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

NÃO ME VOU CALAR

 


Ontem à noite, em serviço como bombeiro, enquanto socorria um condutor embriagado, ouvi do mesmo insultos xenófobos. Palavras duras, cruéis: “Brasileiro é lixo, não deveriam estar cá”. 


Não foram apenas ofensas. Foram o reflexo de um pensamento que se espalha. Um pensamento que, repetido dentro de casa, chega aos ouvidos das crianças. E é por isso que vimos, esta semana, um menino brasileiro de 9 anos perder dois dedos na escola. Porque colegas decidiram que ele não merecia respeito.  


O que uma criança faz na escola nasce do que escuta em casa. Do que vê os adultos dizerem e fazerem. É assim que o preconceito se transforma em violência.  


Por isso vou ao tribunal. Porque cada vez que alguém se cala diante da xenofobia, abre espaço para que ela cresça. Não se trata apenas de mim. Trata-se de todos nós. Brasileiros, portugueses, cidadãos que acreditam na dignidade humana. 

 

Eu não vou deixar passar. E peço que ninguém deixe. Denunciem. Exijam respeito. Não aceitem que o ódio seja normalizado.  


Xenofobia não é opinião. É crime. E precisa ser combatida.


Rodrigo Cruz

Sem comentários:

Enviar um comentário