VMER trancada por dentro e com chave suplente no Algarve falhou socorro no elevador da Glória - VIDA DE BOMBEIRO

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sexta-feira, 17 de outubro de 2025

VMER trancada por dentro e com chave suplente no Algarve falhou socorro no elevador da Glória

 


Passava pouco desde que o elevador da Glória tinha descido desgovernadamente e acelerado sem forma de ser travado até descarrilar e embater contra uma parede de um edifício. Longe de se chegar à conclusão da tragédia que acabaria por fazer 16 mortos e 23 feridos, foi acionada a VMER do Hospital de Santa Maria — mas a viatura nunca chegou ao local do acidente porque estava trancada por dentro, revelou agora o Expresso.


Assim que chegaram os primeiros alertas sobre o que tinha acontecido com o ascensor que faz o trajeto entre o Bairro Alto e a Praça dos Restauradores, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM acionou as equipas de emergência médica dos dois maiores hospitais de Lisboa — São José e Santa Maria. A equipa da viatura médica de emergência e reanimação do Hospital de Santa Maria socorria um incidente interno, descreve o semanário, por isso não foi para o local de imediato.


Quando se preparava para fazê-lo, respondendo à ativação do INEM, pelas 18h25, os profissionais aperceberam-se que a viatura estava trancada com a chave no interior. A alternativa seria utilizar a chave suplente, mas essa opção também se afigurou pouco viável: a chave de substituição estava a centenas de quilómetros, em Loulé.


“Pelas 18h25, o serviço de logística foi contactado pela equipa médica que tripulava a VMER do Hospital de Santa Maria, informando que o veículo se encontrava acidentalmente trancado, com a chave no seu interior”, explicou o INEM num comunicado enviado ao Expresso. O Hospital de Santa Maria recusou fazer qualquer comentário.


Esta VMER estava a operar em Lisboa por empréstimo do Algarve, em substituição de outra viatura que estava em manutenção, motivo pelo qual a chave estava no Sul do País. “O serviço (…) desencadeou todos os procedimentos necessários para resolver a situação, tendo a viatura retomado a sua operacionalidade cerca das 21h20”.


Os profissionais ainda terão equacionado a hipótese de partir o vidro, mas desistiram por constatar que tal “implicaria a inoperacionalidade do veículo por um período superior”. Contudo, garantem ao semanário que o socorro não foi comprometido porque no teatro de operações no local do desastre do elevador da Glória estavam “vários meios de suporte avançado de vida que asseguraram a prestação dos cuidados diferenciados necessários”.


Observador

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