Muda o nome e muda o chefe: INEM passa a ANEM e Cabral deverá substituir Janeiro - VIDA DE BOMBEIRO

______________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

sábado, 25 de outubro de 2025

Muda o nome e muda o chefe: INEM passa a ANEM e Cabral deverá substituir Janeiro

 


À Renascença, Rui Lázaro, do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, admite uma forte contestação.


A ministra da Saúde comunicou ao presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que não irá mantê-lo no cargo. Para o suceder, o mais apontado é Luís Cabral, antigo secretário regional da Saúde dos Açores (entre 2012 e 2016) — um nome que poderá gerar contestação interna.


Ana Paula Martins e Sérgio Janeiro terão conversado durante a noite de quinta-feira, segundo avançou o jornal Público..


Mas poderá haver mais mudanças no instituto. De acordo com a RTP, o INEM mudará de nome, passando a designar-se Autoridade Nacional de Emergência Médica (ANEM).


Contactado pela Renascença, o gabinete de Ana Paula Martins esclarece que “não houve uma demissão do presidente do INEM”, ao contrário de notícias iniciais. Sobre o sucessor de Janeiro — a Renascença quis saber se se confirma que será Luís Cabral — o Ministério da Saúde refere apenas que, “na sequência de um concurso aberto pela CReSAP, com vista ao recrutamento e seleção do presidente do INEM, foi escolhido um dos três candidatos validados durante este procedimento”.


Os três nomes já são conhecidos e são: Sérgio Janeiro, Nélson Pereira e Luís Cabral.


A decisão terá sido tomada após uma reunião, na noite de quinta-feira, entre Ana Paula Martins e Sérgio Janeiro, que teve como objetivo formalizar a saída deste do Conselho Diretivo do INEM. O até agora presidente foi chamado ao Ministério da Saúde pelas 19h00.


Até à posse do novo presidente, Alexandra Ferreira, vogal do conselho diretivo, assumirá as funções de forma interina a partir de 3 de novembro.


A verificar-se a nomeação de Luís Cabral, esta terá ainda de ser ratificada em Conselho de Ministros.


Possível regresso dos protestos no INEM

Os trabalhadores dizem não entender a destituição de Sérgio Janeiro da direção do instituto e muito menos entendem a possível nomeação de Luís Cabral para o substituir.


À Renascença, Rui Lázaro, do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, admite uma forte contestação se tal se concretizar.


“É o que se perspetiva! Aliás, no início desta semana, enviamos uma carta ao primeiro-ministro com conhecimento da senhora ministra, a dar nota disso mesmo, que caso seja nomeado e seja apresentado Luís Cabral, coloca em causa as condições que temos para negociar com o Governo. Retornaremos com certeza ações reivindicativas”, declara.


Rui Lázaro diz que nas negociações que existem com o Governo já só falta chegar a consenso sobre a melhor forma de prestar cuidados de saúde, já que a tabela salarial está negociada.


“Já temos renegociada, neste momento, a nossa tabela salarial, e o que reivindicamos é condições para prestar os melhores cuidados aos portugueses”, adianta.


Divergências sobre o modelo de emergência médica

Para este responsável as ideias de Luís Cabral, concretizadas nos Açores, onde foi secretário regional da Saúde, são contrárias ao que está a ser negociado com o Governo. Para Rui Lázaro a sua nomeação seria regredir no que já foi negociado com Ana Paula Martins.


“Luís Cabral tem defendido posições que baseiam a emergência médica mais na prestação por enfermeiros, exatamente como o modelo que colocou no terreno, nos Açores. É um modelo que é demorado, causa constrangimentos ao serviço e é excessivamente caro. Demora não só na triagem, como demora também a enviar os meios adequados para cada ocorrência”, explica.


“O país não é uma ilha para que possamos andar a fazer experiências para ver como corre. Os modelos internacionais com provas dadas são claros, são óbvios. É esse modelo que temos seguido com o Governo, com a ministra da Saúde. Não podemos agora a regredir naquilo que evoluímos no último ano e meio”, defende.


Rui Lázaro diz ainda que já para a semana vai questionar o Governo sobre a possibilidade de Luís Cabral ser o próximo presidente do INEM.


Fonte: Rádio Renascença

Sem comentários:

Enviar um comentário